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A.C.Camargo Cancer Center volta a alertar sobre a importância do tratamento oncológico durante a pandemia

Depois de um ano do primeiro paciente diagnosticado com Covid-19 no país, a pandemia ainda é uma realidade que tem causado um efeito bastante perigoso na vida de pacientes com doenças graves, como o câncer.

Há muitas pessoas que, por medo, deixaram de buscar atendimento e isso influenciará os resultados oncológicos, já que tratar o câncer em até 30 dias do início dos sintomas ou do diagnóstico é um dos fatores que aumenta a chance de cura.

O A.C.Camargo Cancer Center, referência no diagnóstico, tratamento e reabilitação de pacientes com câncer, volta a alertar a sociedade sobre a importância de buscar atendimento e dar continuidade ao tratamento. A Instituição registrou, apenas entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, uma queda de 21% no tratamento de quimioterapia, em relação ao mesmo período de 2020.

O Centro de Referências para Tumores de Mama foi o mais impactado e isso reflete, principalmente, o diagnóstico tardio. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), um levantamento realizado em centros hospitalares que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas principais capitais, revelou que a queda nos atendimentos de mulheres em tratamento, nos meses de março e abril, logo no início da pandemia, foi de 75%, em comparação ao mesmo período de 2019.

“Com o rastreamento atrasado, o diagnóstico e o tratamento também atrasam. Por isso, o número expressivo na queda de infusões de quimioterapia na Instituição este ano. Daqui alguns meses, a doença será descoberta e vamos retomar o tratamento quimioterápico. Porém, o sucesso, em sua maioria, estará comprometido”, acredita a médica Solange Sanches, líder da Oncologia Clínica do Centro de Referencia de Tumores da Mama do A.C.Camargo Cancer Center. Segundo ela, o diagnóstico em fases precoces do câncer de mama reduz a mortalidade em até 25%, com uma taxa de sobrevida entre todos os subtipos de câncer de mama de 90%. “Pacientes com tumores localizados só na mama estarão livres de doença em cinco anos em 99% dos casos, caindo para 86% quando atingem os linfonodos da axila e para apenas 28% quando há metástase. Daí a importância do diagnóstico precoce e do tratamento quimioterápico”, alerta a Dra. Solange.

A quimioterapia é uma modalidade que utiliza medicamentos específicos para a destruição das células cancerosas. Como atuam em diversas etapas do metabolismo celular, as medicações alcançam as células malignas em qualquer parte do organismo, com o objetivo de diminuir ou parar a atividade do tumor. A aplicação da quimioterapia é definida pelo médico oncologista e pode ser realizada durante a internação ou em ambulatório. O tratamento quimioterápico pode contar com um único medicamento ou com a combinação de vários deles (mistura de drogas e doses), por via intravenosa (na veia ou por cateteres) ou via oral (comprimidos ou cápsulas).

De acordo com a Dra. Solange, o início da quimioterapia próximo à cirurgia de câncer de mama tem impacto benéfico do tratamento. “Mulheres que demoram mais do que 6 a 8 semanas para iniciar a quimioterapia têm evolução pior do que as que começam antes disso”, diz.

Já em pacientes com câncer colorretal, o diagnóstico bem precoce cura praticamente todos os casos. “Muitos precisam de quimioterapia complementar (ou adjuvante), que aumenta mais a chance de cura e oferece ganho entre 10 e 15% absolutos na sobrevida em 5 anos. Quando o paciente com um tumor de cólon, de estômago, de pâncreas ou das vias biliares é operado, a quimioterapia adjuvante aumenta significativamente a chance de cura, principalmente se há linfonodos comprometidos, revela a Dra. Rachel Riechelmann, head da Oncologia Clínica do A.C.Camargo. O tratamento com quimioterapia, nesse cenário, é bem tolerado pela grande maioria dos pacientes, com baixos riscos de efeitos colaterais graves.

O A.C.Camargo Cancer Center reforça que segue todos os parâmetros estabelecidos pela própria Instituição, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde e que está totalmente capacitado para atender os pacientes oncológicos durante a pandemia. Tratar um paciente oncológico em um câncer center faz toda diferença. “É um tratamento com excelência e profissionais de diversas especialidades que atuam integrados, sempre buscando a melhor experiência para o paciente e os melhores resultados”, diz a Dra. Rachel.

No caso da quimioterapia há uma equipe superespecializada e experiente devido ao alto volume de infusões realizadas durante o dia na Instituição e que acompanha os pacientes durante toda a jornada do tratamento. “Temos oncologistas de plantão 100% do tempo para acompanhar intercorrências, principalmente em relação aos efeitos colaterais, além de avaliação psicológica e nutricional”, conta a Dra. Solange Sanches, reforçando que a equipe de enfermagem é altamente capacitada para acompanhar a jornada do paciente, desde o acolhimento até o término do seu tratamento. “Ela atua de forma humanizada, com protocolos estabelecidos baseados em evidências cientificas e fluxo oncológico protegido – muito importante, visando proteção do paciente frente a Covid-19. Possui expertise em detecção e monitoramento de sinais e sintomas relacionados ao tratamento quimioterápico com o objetivo da atuação multidisciplinar para o alcance dos melhores resultados”.

A médica diz ainda, que a “Instituição tem farmacêuticos especializados em oncologia que analisam tecnicamente todas as prescrições antes da administração e orientam pacientes com quimioterapia oral através de teleatendimento farmacêutico personalizado, o que contribui para o sucesso do tratamento e redução de possíveis efeitos adversos”.

ajones@dna-comms.com

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