Celebrando as mulheres / Por João Carlos da Costa*

Deus fez a mulher perfeita. Se fez algo melhor, rasgou a receita. E, conforme veicula uma propaganda na televisão: com a melhor tecnologia do mundo. De fato, este magnífico Ser denominado mulher tem tantos e excelentes atributos, infelizmente, a maioria deles reprimidos por conta do preconceito, da discriminação e da violência cometida contra elas e os seus direitos, frutos das sociedades machistas e intolerantes que ainda resistem desde os primórdios até hoje em dia. As mulheres devem ser sempre celebradas, não somente pela data de 8 de março, pois esta data estabelecida por conta de um momento histórico ocorrido no período da revolução industrial.

Os contextos históricos mostram que as lutas das mulheres por direitos de igualdade, que sempre foram dos principais motes de campanhas e somente agora, em pleno século XXI é que alguns começam a ser reconhecidos e concretizados. É uma batalha que atravessa séculos, com vitórias pontuais , mas relevantes. É difícil acreditar que ainda existem lugares do mundo atual onde o direito a voto e o de dirigir veículos automotores foram conquistados apenas recentemente e que no Brasil ainda existe, constitucionalmente, a alegação de defesa da honra, para os casos de feminicídio e que agora está sendo revogado. Outros direitos, como o de poder participar mais ativamente no mercado de trabalho, nas mesmas condições que os homens, inclusive salariais, ainda não são reconhecidos, com exceções dos cargos assumidos através de concursos em órgãos públicos.

Aliás, o Estado brasileiro, há menos de quatro décadas começou a admitir mulheres nas forças de segurança e outras áreas técnicas estratégicas ate então de predominância masculina. Todas essas mudanças vêm ocorrendo graças aos aguerrimento e perseverança das mulheres na luta contra a humilhação por assédio sexual, moral e outros os tipos de violência que nem mesmo a existência da Lei Maria da Penha consegue conter.

Esse período de pandemia do coronavírus, que já ultrapassa mais de um ano, tem demonstrado ser um dos piores na vida de muitas dessas mulheres, que acumulam a função de empregadas com a de dona-de-casa e ainda cuidar da educação dos filhos que, basicamente, sempre fez parte do seu cotidiano. O isolamento social ocasionou um aumento de quase 30% nos casos de violência doméstica contra as mulheres, seja por estupro, agressões ou morte por feminicídio. Elas foram, inclusive, as mais afetadas com a crise do desemprego.

Acredita-se, que em breve haverá um tempo em que a ignorância e a incompreensão, o preconceito e a discriminação de alguns homens serão suplantadas pelo respeito, dignidade, atenção e carinho que as mulheres merecem. É necessária uma sociedade igualitária e equilibrada e que respeite as diferenças. Se queremos um mundo melhor temos que ser melhores para o mundo. E quanto a essa mudança, podemos apostar na força das mulheres, pois elas são as mães da humanidade e as únicas que podem alavancar a esperança de um amanhã mais meigo, sensato, belo e com mais amor e qualidade. Parabéns às mulheres e obrigado, por todos os dias!

           João Carlos da Costa – Advogado, Bel. Químico, Professor e Policial Civil.

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