Desempenho das vendas na Páscoa depende do e-commerce e retomada do auxílio emergencial

Estudo da Kantar, empresa global líder em dados, insights e consultoria, aponta que o e-commerce e a aprovação do auxílio emergencial serão fatores determinantes para o desempenho do varejo na Páscoa deste ano.

Desempenho das vendas na Páscoa depende do e-commerce e retomada do auxílio emergencial
Foto de formulário PxHere

Em 2020, quando as medidas de distanciamento social começavam a vigorar, a queda na penetração de itens de Páscoa foi de 16 pontos percentuais em relação a 2019, representando aproximadamente 9 milhões de domicílios que abandonaram o evento. Este ano, diante de um cenário semelhante e com algumas incertezas como a retomada do auxílio emergencial e a possibilidade de restrição de horário de funcionamento de supermercados, o desempenho do setor no período pode se repetir.

Ano passado, o gasto médio nos lares que receberam o auxílio emergencial do governo, na categoria de Chocolates, foi 8% maior do que naquelas que não receberam auxílio, o que possibilitou o acesso de algumas famílias a produtos mais premium. É o que mostra a mais nova edição do estudo Consumer Insights, da Kantar.

Seguindo a tendência registrada, os ovos de chocolate podem voltar a ser o destaque positivo em volume e vendas na Páscoa este ano, já que as categorias de chocolate regular (barras de chocolate) e de presentes apresentaram queda em 2020. “O que se viu foi o aumento de consumo de ovos de chocolate em lares com crianças e uma diminuição substancial nos sem. Além disso, com a impossibilidade de celebrar com pessoas de fora do convívio do lar, houve uma queda brusca nas ocasiões de presente”, comenta Bruno Machado, Gerente Sênior de Contas da Kantar.

Ovos de chocolate artesanais também devem manter bom desempenho este ano. Em 2020 a Kantar registrou 600 mil novos domicílios comprando esses produtos.

Com lojas físicas fechadas, o e-commerce torna-se essencial para o comércio neste momento de restrições mais duras da pandemia. Em 2020, cerca de 7,5 milhões de domicílios compraram bens de consumo massivo (FMCG) no universo online, sendo aproximadamente 2,3 milhões de novos lares somente no segundo semestre, e o segmento terminou o ano alcançando 12,9% dos lares brasileiros. Diante disso, Machado ressalta que “o comércio online será muito relevante para os varejistas na Páscoa deste ano”.

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