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Máscara antiviral que protege contra coronavírus é desenvolvida pelo Senai e empresa paranaense

Heide contará com o apoio dos institutos de inovação e tecnologia para utilizar a nanotecnologia no desenvolvimento de novas soluções com ingredientes naturais

Máscara antiviral que protege contra coronavírus é desenvolvida pelo Senai e empresa paranaenseO Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica e o Instituto Senai de Tecnologia em Celulose e Papel estão trabalhando em parceria com a indústria paranaense Heide Extratos Vegetais para desenvolver uma máscara antiviral com micro e nanocápsulas de ingredientes naturais para proteção contra o coronavírus. “A pandemia nos mostrou que ainda temos uma grande dependência de produtos importados e acabamos ficando desabastecidos em muitos itens indispensáveis por falta de produção nacional”, afirma Ana Carolina Winkler Heemann, farmacêutica, cofundadora e diretora técnica da Heide. “Reconhecendo a abundância dos recursos naturais do Brasil e aliando tecnologia, estamos desenvolvendo um produto de grande utilidade na saúde pública nesse momento. Esperamos desenvolver um sistema de proteção facial sustentável, composto por máscara biodegradável contendo micro/nano partículas com ingredientes naturais antivirais frente ao Covid-19”, completa.

A Heide é uma empresa que produz e comercializa extratos vegetais para diversas aplicações, principalmente para os ramos alimentício e cosmético. Os institutos Senai no Paraná que participam do projeto atuarão em conjunto no desenvolvimento de máscaras biodegradáveis contendo extratos vegetais encapsulados. Essas microcápsulas serão capazes de liberar o extrato vegetal (que já apresenta propriedade antiviral) na presença do coronavírus, de forma que as máscaras terão funcionalidade de auto desinfecção. 

No caso do Instituto Senai em Tecnologia em Celulose e Papel, o desafio é desenvolver e caracterizar o papel-máscara e ajudar na busca de máquinas ideais para a produção. “Nosso objetivo é encontrar no mercado um papel com superfície macia, resistente, confortável e com filtrabilidade eficaz para o SARS-CoV-2. Adicionalmente, este papel tem que ser biodegradável e é essencial que tenha boa aceitabilidade em relação às cápsulas contendo os ativos para combater o SARS-Cov-2”, conta Gilson Alexandre, pesquisador e gestor do projeto no IST.

Já o ISI em Eletroquímica, que vem desenvolvendo várias pesquisas com insumos antivirais no último ano, atuará na busca dos antivirais. “O nosso escopo consiste na síntese e caracterização de micro/nanocápsulas contendo extratos vegetais de interesse, que sejam de interação específica para inativação do SARS-CoV-2, a serem incorporadas nas máscaras biodegradáveis”, explica Agne de Carvalho Jorge, responsável técnica pelo projeto no ISI em Eletroquímica.

A pesquisa, que foi iniciada em 2020 e deverá terminar em outubro de 2021, já está apresentando bons resultados. “Em nossos estudos iniciais, tivemos a grata notícia de que, das 10 espécies vegetais candidatas, conseguimos comprovar eficácia antiviral em ensaios in vitro em 5 espécies, um resultado excelente para um screening. Na Heide, estamos realizando o desenvolvimento dos extratos vegetais que serão os ativos das micro e nano partículas, e as equipes de pesquisadores dos dois Institutos são altamente qualificadas e por isso estamos avançando rápido nos protótipos e comprovações de eficácia”, conta Ana Carolina.

Para saber mais sobre os institutos acesse senaipr.com.br/tecnologiaeinovacao

ana.clara@cupola.com.br

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