O Zoológico de Curitiba abriu as portas nesta quinta-feira (18), após quase um ano fechado por conta da pandemia da COVID-19. Nesta primeiro momento, para evitar aglomerações, serão permitidos 1500 visitantes simultaneamente. Para fazer a contagem dos ocupantes, o local contará com a tecnologia desenvolvida pela startup curitibana Vision Space, a mesma presente no Jardim Botânico e Passeio Público, uma parceria com a Prefeitura de Curitiba.
“A câmera traça uma linha virtual na entrada e quando o indivíduo passa pelo portão, a solução faz a contagem do número de presentes. Ao atingir capacidade de 80% de ocupação pré-definida, um alerta é enviado para a cabine da guarda municipal que, automaticamente, fecha as portas de entrada do estabelecimento e só reabre quando a taxa estiver em 50% de ocupação”, explica o diretor executivo da Vision Space, Christiano Belli.
Além disso, quem estiver planejando ir aos parques, poderá futuramente consultar a taxa de ocupação no site da prefeitura, que terá atualização real time. “O sistema é muito inteligente e preciso. Então, os guardas municipais e policiais podem se concentrar em exercer suas funções sem se preocupar com o fluxo”, conta o especialista em gestão de imagem e IOT da Vision Space, Leandro Mafra da Silva.
O sistema é simples e passou por uma concorrência para ser aceito pelos padrões da Agência Curitiba de Inovação, da prefeitura da capital paranaense. Ele utiliza da internet das coisas (em inglês, IOT, ou Internet of Things), que nada mais é do que interligar objetos comuns à internet e transmitir dados. “
O intuito é que o sistema seja instalado na reabertura de outros parques e pontos turísticos da cidade, além de feiras livres. A tecnologia também pode ser utilizada em ambientes fechados, como supermercados, shoppings, lojas, casas noturnas e restaurantes. Além da contagem de fluxo, é possível usar as câmeras e os dados que ela dispõe para segurança, análise de dados de consumo, marketing estratégico e limpeza. “Os indicadores disponíveis vão desde a contagem de pessoas num ambiente, até se a comunicação visual de um determinado estabelecimento está sendo eficaz, tudo porque o processo de inteligência artificial é adaptável à necessidade de cada negócio”, explica Belli.