A doença é a segunda causa de morte no mundo, atrás apenas das doenças cardiovasculares
Logo que o Brasil viveu o início da pandemia, decretada mundialmente pela Organização Mundial da Saúde, OMS, em março de 2020, veio a preocupação das organizações e sociedades de apoio e luta contra o câncer com a assistência dos pacientes oncológicos, uma vez que era esperado o impacto em diagnósticos e tratamentos devido ao elevado número de casos de Covid-19 nos serviços de saúde.
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Oncoguia, divulgada em junho de 2020 com 566 pacientes oncológicos e seus familiares, apontou que cerca de 43% dos pacientes com câncer tiveram o tratamento impactado pela pandemia de covid-19, como cancelamento ou adiamento de procedimentos. Entre os entrevistados, 70% se consideram grupo de risco para a covid-19. Segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, SBOC, houve 47% de redução das visitas ambulatoriais e de 67% nas cirurgias de câncer durante a pandemia.
Tratamentos, consultas e procedimentos foram suspensos no ano passado, com relação direta no impacto do diagnóstico preciso. Segundo estimativas do INCA – 2020 2022 – surgirão 625 mil novos casos de câncer no Brasil a cada ano. As estimativas do INCA (2020 – 2022) é de que surjam 625 mil novos casos de câncer no país e cerca de 50 mil brasileiros já deixaram de ser diagnosticados com câncer nesse período, o que faz as associações médicas e de saúde projetarem um aumento no número de atendimentos oncológicos para os próximos meses, com casos chegando cada vez mais avançados.
De acordo com a pesquisadora e oncologista clínica do São Camilo Oncologia, dra. Lilian Arruda, as contingências terapêuticas são fundamentais de serem adotadas pelas instituições. “Mesmo com a vacina não disponível ainda para toda a população, é importante que as pessoas retomem seus exames de prevenção e de rastreamento do câncer, afinal de contas, o diagnóstico precoce reflete em maior possibilidade de sucesso no tratamento e cura”, destacou. vivian.fiorio@maquina.inf.br