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Demência e Parkinson pode aumentar os riscos de gravidade e morte por Covid-19

Pesquisa estudou mais de 12 mil casos e agora segue para análise do genoma dos pacientes acometidos

Doenças degenerativas que acometem o cérebro e provocam demência estão na lista de pesquisadores como motivo de agravamento ou morte de pacientes afetados pelo novo coronavírus. A idade é um dos principais fatores para o desenvolvimento destas doenças, como Parkinson, Alzheimer, Acidente Vascular Cerebral (AVC), entre outras.

O estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Instituto Butantan e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) analisou informações de 12.863 pacientes idosos (acima de 65 anos), de um banco de dados do Reino Unido. Para as investigações, foram considerados testes positivos e negativos para a COVID-19, internações e falecimentos.

“A demência lesiona o tecido cerebral e faz com que a função cognitiva, que envolve aprendizagem, memória, atenção, fala e comportamento seja reduzida. Neste processo, os neurônios responsáveis por estas funções não se comunicam corretamente e morrem”, explica a neurocirurgiã Dra. Vanessa Holanda, diretora de comunicação da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.

A ligação entre a demência (e doenças que a causam) e o motivo específico para o agravamento dos efeitos do novo coronavírus ainda não foi identificada. “Isso reforça a importância da atenção com estes pacientes que testarem positivo para a COVID-19”, recomenda a especialista.

Motivos em investigação 

Algumas hipóteses para esta ligação estão em andamento, como o envelhecimento do sistema imunológico e inflamação no sistema nervoso central, que tornariam o paciente mais vulnerável aos ataques do vírus, além da presença do próprio coronavírus no cérebro.

“No cérebro humano está o controle por todas as partes do corpo, onde cada área é responsável por uma ou mais atividades. A partir do momento em que o novo coronavírus se instala no sistema nervoso central, pode comprometer o funcionamento dos órgãos relacionados, como temos visto nas sequelas”, explica a Dra. Vanessa.

A pesquisa vai continuar e estudar os genomas dos pacientes do grupo de dados, para alcançar novas respostas.

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