Semana de conscientização sobre a doença acontece de 22 a 29 de abril
Entre os dias 22 e 29 de abril acontece a Semana da Imunodeficiência Primária, uma patologia que afeta cerca de 4 mil brasileiros, mas a estimativa é de que mais de 160 mil pessoas não estejam diagnosticadas. A doença acontece devido a uma dificuldade do sistema imunológico em combater determinadas infecções, por isso o nome Imunodeficiência Primária ou Erros Inatos da Imunidade.
Quem sofre com a patologia fica mais suscetível a outras doenças. Os sintomas da Imunodeficiência Primária podem se manifestar em qualquer parte do corpo, desde o início da vida. Pessoas que sofrem com a enfermidade podem ter várias infecções de ouvido, do trato respiratório, no intestino e mesmo na pele. O uso de antibióticos por tempo prolongado e sem eficácia também pode ser um sinal.
“Quando o sistema imunológico não trabalha de maneira apropriada, doenças infecciosas ou até autoimunes não respondem ao tratamento como deveriam. Por isso quem sofre com a doença apresenta infecções de repetição, muitas vezes graves”, explica a médica Camilla Pereira, do Plunes Centro Médico, em Curitiba (PR).
A distribuição e prevalência dos pacientes com Imunodeficiência Primária é bastante variada entre as populações e ainda é considerada uma doença rara. Existe tratamento para a enfermidade e inclui a reposição de anticorpos (imunoglobulina), uso de antibióticos profiláticos e até transplante de medula óssea.
“O diagnóstico e tratamento precoce podem salvar a vida do paciente. Todo médico deve estar apto a reconhecer os sinais, solicitar a triagem primária e encaminhar a um serviço especializado”, finaliza a especialista.
Maria Emilia Silveira