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Tecnologia híbrida para criação de apps ganhou ênfase em encontro on-line de desenvolvedores

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Temática foi debatida no segundo DevTalk, organizado pela Assespro-PR.

 DevTalk realizado pela Assespro-Paraná reuniu 80 desenvolvedores

Em tempos de pandemia, o uso de aplicativos tem aumentado consideravelmente. Para entretenimento ou trabalho, eles estão cada vez mais presentes em nossas atividades cotidianas, seja para pedir comida, pagar contas ou, por exemplo, agendar consultas médicas. Uma pesquisa da App Annie mostrou que o número de downloads totalizou 31 bilhões em todo o mundo. Apenas nos três primeiros meses de 2021 as lojas contabilizaram a média de 1 bilhão de downloads, um salto de 15% em relação a 2020 e 35% em relação a 2019. Por trás de todos esses números, está uma rede de programação complexa, orquestrada por engenheiros da área de tecnologia.

Entendendo o comportamento de um mundo que caminha velozmente no campo digital, a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação no Paraná (Assespro-PR) promoveu mais um DevTalk, evento direcionado aos desenvolvedores de tecnologia e que contou com mais de 80 participantes.

“Nosso grande objetivo é trocar ideias, amadurecer e criar cada vez mais desenvolvedores fortes”, disse, na abertura do encontro remoto, Lucas Ribeiro, presidente da entidade. “A ideia é que todos nós possamos aprender uns com os outros e com cada vez mais velocidade.”

Velocidade, aliás, foi um dos adjetivos mais pontuados no evento. Mas foi a Tecnologia Híbrida que ganhou destaque e foi apontada como uma das mais interessantes soluções para o desenvolvimento de aplicativos mobile neste momento.

Os apps do tipo híbrido são desenvolvidos com linguagens e ferramentas da WEB, o que possibilita usar um mesmo código para sistemas operacionais diferentes, como iOS e Android, não sendo necessário desenvolver um para cada um de forma exclusiva. Assim, reduz-se custos e acelera-se a execução de projetos, sendo uma tendência para a qual desenvolvedores em todo mundo estão migrando em decorrência da tecnologia nativa (que utiliza uma linguagem específica para cada tipo de sistema).

“Ainda se trabalha com projetos nativos, mas, mês a mês, a demanda pelo híbrido cresce. A maioria dos nossos projetos recentes é na tecnologia híbrida. Esta versão é mais enxuta, econômica e em nada deixa a desejar comparada ao formato nativo”, disse Rudiney Franceschi, CEO da DevMaker, desenvolvedora de aplicativos mobile com sede em Curitiba.

Franceschi apresentou um aplicativo (ainda não disponível para download) com múltiplas funções e que já na fase de marketplace exigiu oito meses de trabalho – deadline considerado bastante rápido – e quatro desenvolvedores. “Essas alternativas são maduras. São plataformas já sendo feitas e usadas, com anos de experiência, com milhares de pessoas usando e com manutenção gigantesca. Não é nada experimental. Tem apps parrudos feito com tecnologia híbrida”, disse o CEO.

Outro exemplo citado durante o DevTalk foi do aplicativo do iFood, para entrega via delivery de comida, que mantém uma plataforma híbrida, em todos os seus sistemas, tanto para o consumidor final, quanto para restaurantes e entregadores. “Depois que você se acostuma a organizar o código, fica prático”, compartilhou Jean Silva, do iFood, que participou do encontro.

Silva e Franceschi, aliás, “duelaram” na defesa de suas tecnologias preferidas, deixando o ambiente do evento ainda mais interativo. Enquanto o representante do iFood defendeu o Flutter, Franceschi fez campanha pró React Native, ambos usados para o desenvolvimento híbrido de aplicativos para os sistemas Android e iOS.

Próximo evento

O próximo DevTalk acontece durante o mês de abril e deverá ter outro tema “provocativo”, como definiu Lucas Ribeiro: “Nosso intuito é sempre trazer temas relevantes e, de certa forma, até polêmicos do universo do desenvolvedor, com exemplos práticos e cases de sucesso.” O primeiro, realizado em fevereiro, tratou sobre Inteligência Artificial. Acompanhe o calendário no site da Assespro-PR: www.assespropr.org.br/

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