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Garbage lança “No Gods No Masters”, faixa que dá nome ao seu sétimo álbum de estúdio

Garbage, uma das principais bandas do rock alternativo dos últimos 30 anos, continua a apresentar novidades de seu primeiro álbum em meia década. “No Gods No Masters” dá nome ao novo trabalho e já está disponível em todas as plataformas de música digital pela gravadora BMG. A faixa chega com um clipe dirigido por Scott Stuckey e editado por Andy DeLuca.

Com capa inspirada na versão de Caravaggio da história de Davi e Golias, faixa foi inspirada no Chile inspirada nas convulsões e lutas sociais dos nossos vizinhos. “Estava em Santiago durante os protestos ali, que foram muito emocionantes. Andávamos pela cidade e ela estava coberta de pichações, em todos os antigos museus e palácios. E eu fiquei chocada. Foi nesse momento que as pessoas incríveis com quem eu estava disseram: ‘Mas por que você está tão chocada? Estamos protestando contra a violência a vidas humanas e as propriedades, edifícios e monumentos que foram danificados aqui que te chocaram’. E, de fato, os seres humanos estão sendo massacrados, e é nisso que você deve se concentrar. Isso foi como um tapa na cara”, conta a vocalista Shirley Manson.

Para ela, as imagens da música faz uma ponta com as estátuas confederadas sendo derrubadas nos Estados Unidos e as lutas reais dos marginalizados na sociedade. “Todas essas pessoas têm mais valor do que um monumento aos traficantes de escravos, mas não têm mais valor na consciência da sociedade. Acho isso obsceno e desumano. Quero que o poder seja desmantelado e a sociedade re-imaginada. Então, essa música é sobre repensar nossa sociedade para o futuro, para nossos filhos e para que não cometamos os mesmos erros repetidamente, permitindo que a ganância corrompa nosso pensamento”, ela diz.

Após a incisiva crítica ao capitalismo como base para o racismo e sexismo em “The Men Who Rule The World”, eles se inspiram em um slogan anarquista britânico do século XIX para mais um momento altamente politizado da discografia do Garbage. A expressão, ligada à libertação pessoal de viver “sem deuses ou mestres” chegou aos EUA no início do século passado e se tornou uma das bases para o movimento feminista americano. Toda essa história casa com as bandeiras que a banda levanta nos palcos e fora deles desde o início de sua carreira.

“‘No Gods No Masters’ é o nosso sétimo disco e esse número e seus múltiplos significados afetaram o DNA do conteúdo do trabalho. As sete virtudes, as sete dores da religião, os sete pecados capitais. Foi nosso modo de tentar achar algum sentido nessa loucura que é o mundo e esse caos sem limites que nos metemos”, reflete Manson.

Além dela, a banda conta as guitarras e baixos de Duke Erikson, as guitarras e teclados de Steve Marker e as baterias e produção musical de Butch Vig. Desde sua fundação, em 1993, o Garbage acumula 25 milhões de discos vendidos em todo mundo e verdadeiros hinos geracionais como “Only Happy When It Rains”, “Push It” e “I Think I’m Paranoid”.

O lançamento marcará uma nova página na sua história e foi produzido pela banda com o colaborador de longa data Billy Bush. Os singles já estão disponíveis em todos os serviços de música digitais e o álbum, que será lançado no dia 11 de julho, já pode ser adquirido em pré-venda.

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