Por general João Francisco Ferreira (*)
Neste mês de maio, a usina de Itaipu comemora duas datas históricas: 47 anos de criação, no dia 17; e 37 anos de operação, já neste dia 5.
Nenhuma outra usina, no mundo inteiro, gerou tanto quanto Itaipu. Nesses 37 anos de operação, brasileiros e paraguaios, trabalhando lado a lado, conseguiram atingir a produção de 2,8 bilhões de megawatts-hora, suficientes para iluminar o mundo inteiro por 45 dias.
E toda essa energia veio acompanhada de um cuidadoso trabalho de preservação e recuperação do meio ambiente, com reconhecimento internacional.
Nestas duas datas de maio, é preciso lembrar que a usina é resultado de complexas negociações entre brasileiros e paraguaios, que culminaram com a assinatura do Tratado de Itaipu, em 26 de abril de 1973. Quando o Tratado completar seu cinquentenário, daqui a dois anos, o Anexo C poderá ser revisto pelos governos do Brasil e do Paraguai, com o objetivo de ajustá-lo à realidade atual.
Em 2023, a dívida dos empréstimos contraídos para construir a usina estará praticamente quitada. Com isso, a tarifa de Itaipu não terá mais entre seus custos o valor desses empréstimos, que correspondem a cerca de 70% do orçamento binacional da usina. Com a quitação, os recursos que permanecerem serão, portanto, aqueles utilizados para o custeio, o pagamento das obrigações em “royalties”, sem que nenhuma das margens, brasileira e paraguaia, sofra qualquer perda. E os recursos para obras em benefício direto da população regional continuarão preservados.
Assumi o cargo de diretor-geral brasileiro no dia 7 de abril, há menos de um mês, com a exata noção de que esta usina é mais do que um empreendimento do setor elétrico: é sinônimo de progresso, de desenvolvimento e de responsabilidade social, tanto no Brasil como no Paraguai.
E esta responsabilidade social inclui a redução do custo da energia de Itaipu, para que brasileiros e paraguaios paguem menos na conta de luz. O presidente Jair Bolsonaro está empenhado em reduzir o custo da energia elétrica para o assalariado, para o empreendedor, para o empresário e para a população em geral.
Além disso, na gestão de meu antecessor, General Joaquim Silva e Luna, foram investidos recursos em muitas obras estruturais, como a sonhada segunda ponte entre os dois países, a Avenida Perimetral que vai tirar do centro de Foz do Iguaçu o tráfego de caminhões pesados, o mercado público e em tantas outras espalhadas pelo Oeste do Paraná.
Agora, vamos seguir trabalhando, juntos com governo federal, estadual e dos municípios lindeiros para que, já no próximo ano, além de alcançar uma redução significativa na tarifa de energia de Itaipu, possamos continuar investindo na atualização tecnológica da Usina, na preservação do meio ambiente e nas obras estruturantes, que possam cooperar com o desenvolvimento social e econômico de toda a região.
Para que isso aconteça, contamos com a excelente capacitação profissional de nossos empregados, que integram a “Família Itaipu”, e com o apoio de todos aqueles que acreditam que podemos construir um futuro melhor para esta e para as futuras gerações de nossos Países.
(*) General João Francisco Ferreira é diretor-geral brasileiro de Itaipu