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Klabin e Embrapa desenvolvem pesquisa que une produção de celulose e “carne baixo carbono”

Iniciativa pioneira no setor de celulose e papel vai contribuir para que proprietários rurais comercializem florestas plantadas ao mesmo tempo que acessam o mercado sustentável da “carne baixo carbono”

Klabin e Embrapa desenvolvem pesquisa que une produção de celulose e “carne baixo carbono”
Integração Pecuária-Floresta CRÉDITO: Leandro Pedroso

A Klabin e a Embrapa firmaram uma parceria inédita para a criação e a validação de diretrizes de um sistema silvipastoril (integração pecuária-floresta – ILPF) que permite o uso integral da floresta plantada para a produção de celulose e papel ao mesmo tempo em que o produtor cria gado de corte. Os sistemas silvipastoris podem ser usados para mitigar ou neutralizar os gases de efeito estufa emitidos pelo gado. Com a pesquisa que está sendo realizada, espera-se criar diretrizes para que os produtores rurais possam, além de acessar o mercado sustentável da carne baixo carbono, vender os plantios florestais em sua totalidade para a indústria de celulose e papel e ter uma fonte adicional de renda.

O protocolo de carne baixo carbono atualmente se refere a integração lavoura e pecuária. Outro protocolo, o de carne carbono neutro, se refere a sistemas com árvores voltadas ao mercado de toras/serrarias. Já este projeto vai estabelecer as diretrizes para a validação desse sistema voltado para a produção de celulose, visando a mitigação da emissão dos gases de efeito estufa dos bovinos por meio do sequestro de gás carbônico (CO2) pelas árvores, incluindo as raízes, outro diferencial desse estudo. “Este potencial de armazenamento e por quanto tempo o carbono fica armazenado ainda não são conhecidos no caso de sistemas silvipastoris com árvores voltadas à produção de celulose e papel, que têm modelagens diferentes dos plantios voltados à produção de madeira para serraria, por exemplo, que é atualmente o produto utilizado no protocolo “Carne Carbono Neutro”, explica o pesquisador Vanderley Porfírio-da-Silva, que coordena o projeto pela Embrapa Florestas.

A iniciativa está ligada ao programa de parcerias “Plante com a Klabin”, e terá duração de sete anos. Neste período, serão realizados os estudos e a coleta de dados nas propriedades que já estão participando, que se tornarão unidades experimentais com o sistema silvipastoril. “Esta iniciativa é pioneira no setor e é mais um exemplo do trabalho de fortalecimento da Klabin para o desenvolvimento sustentável das regiões, apoiados por um parceiro que é referência em inovação no agronegócio, a Embrapa. Acreditamos que nos primeiros dois anos já teremos dados importantes para o projeto, que surge como mais uma alternativa de renda para os proprietários rurais e avanço das práticas sustentáveis”, explica José Totti, diretor Florestal da Klabin.

Pela Embrapa, o projeto faz parte de iniciativas da empresa em busca de alternativas de produção que promovam a “descarbonização” da agropecuária brasileira, por meio de sistemas de produção mais sustentáveis e que também agreguem renda ao produtor, a exemplo de projetos já em andamento na mesma linha, como o “Carne Carbono Neutro”, “Soja Baixo Carbono”, “Leite de Baixo Carbono” e, agora, o início do desenvolvimento deste projeto aliando a produção de celulose à de “carne baixo carbono”.

Entre os potenciais benefícios que serão trazidos pelo projeto está o incentivo à geração de renda nas propriedades rurais, o aumento da qualidade, da rentabilidade e da diversificação das propriedades. “O projeto pretende gerar informações para subsidiar políticas públicas, tais como as do plano ABC+, recentemente lançado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e que tem como objetivo a ’descarbonização da produção brasileira, e que pode incentivar a promoção dos benefícios do sistema silvipastoril e, com isso, estimular que mais produtores adotem a prática”, avalia Porfírio-da-Silva.

Além disso, pelo Plante com a Klabin, há a garantia de compra da floresta plantada com um preço mínimo, que dá ao produtor maior visibilidade e segurança com relação aos resultados futuros. “O objetivo desse programa é manter uma relação de longo prazo e estável com nossos parceiros florestais, democratizar as riquezas geradas pelo plantio de florestas, proporcionando alternativas de renda e incentivando a adoção de práticas que atendam aos atributos ambientais, sociais e financeiros”, esclarece Carlos Bernardi, gerente Comercial Florestal da Klabin.

Os resultados do estudo poderão, no futuro, promover condições para a certificação da “carne baixo carbono”, o que permitirá que os proprietários rurais acessem o mercado sustentável do produto, pois atesta que os animais que deram origem ao produto tiveram as suas emissões de metano compensadas durante a produção pelo crescimento das árvores integradas no sistema e que o bem-estar animal foi promovido com a presença de sombra para eles e sem agredir o meio ambiente.

Mais informações podem ser fornecidas pelo telefone 0800 728 0607 ou e-mail plantecomaklabin@klabin.com.br. Site: https://plantecom.klabin.com.br/inicio.

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