O tempo é a moeda de troca mais valiosa de todas. Não adianta tentar fazer um evento, por mais barato que seja, sem algo que motive seu público, ninguém vai aparecer – nem de graça! Gerardo Arancioni, da Affare Fatto e da Pareto Package, o maior especialista de Brand Positioning na América Latina, ilustrou muito bem essa situação constrangedora:
“No escritório onde estava instalado, não faz muito tempo, havia um consultor de empresas autônomo que decidiu organizar uma seção de treinamento presencial e foi cobrado um valor específico. Naquela oportunidade queria fazer um treinamento reduzido, com no máximo 15 pessoas e foi isso que aconteceu no prazo de um mês. Em pararelo, esse mesmo consultor se empolgou e começou a divulgar seus serviços criando um treinamento gratuito com o objetivo de conseguir novos leads, e no mesmo local onde seria o treinamento de venda que eu faria. O resultado foi que ninguém aderiu. Ele adiou por mais uma semana e nada aconteceu. Depois da terceira tentativa, desistiu.”
Caro ou barato?
Essa história prova que não existe caro nem barato, mas o que se paga e o que não se paga. “Qual é a chamada para aquele evento que se quer organizar? Não funciona apenas fazer uma lista do que se faz. Sem apresentar os motivos reais pelos quais o público deveria se interessar pelo evento, que é definido no Brand Positioning, qualquer evento será um fracasso, mesmo gratuito.”
Na visão de Gerardo, o evento citado não teve este apelo e foi a âncora que “afundou” o suposto treinamento. As pessoas deixam de ir em eventos gratuitos, pois algo mais precioso que investimento financeiro está em jogo, que é o tempo:
“É um bem precioso. Não se perde duas horas do seu precioso tempo se não for para fazer algo realmente proveitoso. O que foi organizado era um treinamento de gestão sem nada de diferente, ou seja, nem de graça alguém vai perder este tempo sendo que pode conseguir algo melhor e mais proveitoso. O valor não importa” explica Gerardo, completando que vender barato é tão difícil quanto vender caro.