O projeto piloto patrocinado pela Associação Comercial do Paraná entra em operação esta semana, após a instalação do sistema em dois veículos (um comum e um articulado) da empresa TC Araucária, concessionária de transporte coletivo na região metropolitana, numa parceria da ACP com a Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba). O sistema, desenvolvido pela startup paulistana Milênio Bus, integra um hardware, aplicativo e software capaz de controlar a lotação nos ônibus, em tempo real, proporcionando maior controle no número de passageiros tanto sentados quanto em pé nos veículos. O projeto também foi oferecido para que a Urbs avalie a implantação em Curitiba.
Denominado Smartflow, o hardware é capaz de identificar a quantidade de celulares presentes dentro de um veículo de transporte coletivo, em um raio de 15 metros, através de sinais wi-fi e bluetooth emitidos pelos próprios smartphones dos passageiros. Os modelos instalados em Curitiba dispõem também de câmeras para informações mais precisas através do processamento de imagens. Um sinal vermelho será aceso caso o ônibus ultrapasse o limite de passageiros permitidos.
Segundo o engenheiro Marcel Ogando, fundador da startup, “os sensores transformam os dados em informações úteis para os usuários propiciando a oportunidade de escolha, entre pegar um ônibus lotado e esperar mais um pouco e poder ir até sentado. Além de informar melhor o passageiro sobre a lotação, ao retratar de maneira mais fiel o comportamento da demanda, a tecnologia pode ajudar no melhor planejamento de linhas e dimensionamento da frota, além de possibilitar seccionamentos de linhas ou mesmo prolongamentos mais condizentes com a realidade”.
Segundo o presidente da ACP, Camilo Turmina, esta é uma medida de apoio da entidade às ações de combate à pandemia da Covid-19. “É uma forma de educar a população quanto ao limite de pessoas, ajudar o sistema público a não transportar um número excessivo de pessoas e por outro lado será um termômetro para a autoridade pública quanto a eficiência de suas medidas restritivas”.