Termo foi criado por nutricionista para falar sobre alimentos que auxiliam nosso organismo na não absorção de carboidratos
Vocês já me ouviram falar em capacetinhos? Esse termo foi criado pela nutricionista e pesquisadora, Aline Quissak, para um determinado grupo de alimentos que auxiliam nosso corpo para que nós não absorvamos todos os carboidratos ingeridos todos os dias: “Os capacetinhos agem como protetores, “escondendo” o carboidrato ao ser absorvido e metabolizado, para não causar um aumento da insulina. Isso é importante pois muitas pessoas com estresse aumentado, ansiedade e principalmente as pessoas com um risco aumentado para diabetes e doenças do coração, já tem a insulina mais aumentada, o que, a longo prazo, pode gerar problemas sérios de saúde. Mas nem só de nutrição nós vivemos, não é? Comida também é cultura, prazer e entretenimento. Com os “capacetinhos”, conseguimos ter mais flexibilidade para comer, com saúde, comidas que nos dão prazer. É importante ter esse equilíbrio entre nossa relação emocional com a comida e o cuidado com a nossa saúde. Mas afinal, que alimentos são esses chamados de capacetinhos?
Um bom exemplo de “capacetinho” é a chia. Rica em ômega 3, fibras e proteínas, ela contém um alto nível de compostos fenólicos (que conhecemos como antioxidantes), principalmente miricetina (diminui trombos e AVC), quercetina (ajuda no estresse e nas alergias de pele, como a psoríase por ansiedade), Kaempferol (que ativa o gene de aceleração do metabolismo e da queima de gordura) e ácido clorogenico, que auxilia a diminuir a resistência à insulina (melhora o metabolismo de carboidrato e açúcares). A sugestão é consumir de 3 a 4 colheres de sopa de chia para cada 200g de carboidrato.
Folhas verde escuras, também são “capacetinhos”. Rúcula, couve, espinafre, agrião, possuem um alto teor de magnésio, cálcio e ácido fólico. Mais do que isso, contém alto teor de fibras e de antioxidantes. Como “capacetinhos”, as folhas verdes escuras são uma ótima opção para diminuir a absorção do carboidrato, principalmente para duas situações: 1. Massas e risotos; e 2. Para aquele docinho após o almoço. Ao consumir em torno de 100g das folhas verde escuras por dia, conseguimos sinalizar hormônios e reações químicas no nosso metabolismo que auxiliam na diminuição da diabetes e da depressão.
Por último, mas não menos importante, outro exemplo de “capacetinhos” são a famosa dupla salsinha e cebolinha. Dá para incluir esses alimentos em várias preparações para ajudar na não absorção dos carboidratos, pois são poderosos antioxidantes, que auxiliam a reduzir os riscos de diabetes, de inflamações e ainda ajudam a diminuir o efeito do carboidrato no sangue. A salsinha e a cebolinha têm baixos níveis de calorias e 216% da VITAMINA A necessária para o nosso dia. Por isso, a partir de agora, ao invés de só usar para decorar, capriche. A nutricionista sugere 4 colheres de sopa para se ter o efeito medicinal dos “capacetinhos”.
Para finalizar, Aline lembra que para comer bem é preciso que a gente aprenda a fazer uma harmonia no prato, para que você saiba o que está comendo e como usar a sinergia da alimentação a seu favor. “Essa é a grande diferença entre ter informação e conhecimento. Informações encontramos em vários lugares, não sabemos se é verdade ou não e muitas vezes nos confundimos sem saber o que fazer. Conhecimento é a forma de aplicar as informações verdadeiras, de forma descomplicada, para termos autonomia e sabermos usar quando precisarmos. Não faça da sua dieta um problema. O conhecimento te ajuda a achar soluções para que a alimentação saudável seja sim, prazerosa”.
Bruna Bozza