quinta-feira, 23 janeiro 2025
17.1 C
Curitiba

O que esperar dos projetos imobiliários daqui para frente?

A novos “costumes” trazidos pela pandemia refletiram na forma de morar, por isso, novos clientes somente serão conquistados se os novos projetos forem atualizados de maneira a se adequar e suprir às demandas geradas

O que esperar dos projetos imobiliários daqui para frente?
Freepik.

Home office, homeschooling, home care e outros home’s arbitrados pela pandemia de Covid-19 já foram incorporados ao dia a dia das pessoas. Assim como já entendemos que é possível ter ganhos de produtividade aliados a uma melhor qualidade de vida, desde que possamos contar com ambientes que, além de tecnológicos, primem pela privacidade, conforto térmico, níveis ótimos de insolação, iluminação natural e isolamento acústico. Diante desta realidade, o que esperar dos projetos imobiliários daqui para frente?

O inimaginável tornou-se real e refletiu na forma de morar. E este é um caminho sem volta. Novos clientes somente serão conquistados se os novos projetos forem atualizados de maneira a se adequar e suprir às demandas geradas. E aí entram os conceitos de engenharia capazes de se impor perante as adversidades da natureza, buscando a adaptação ao meio em que vivemos. O engenheiro civil Carlos Eduardo Bueno Noleto, CEO do Grupo Avantti, destaca dois deles.

Um é o conceito da ergonomia. O mobiliário, por exemplo, além de decorar os ambientes, deverá ser confortável, permitindo ter medidas ajustáveis para seu usuário, de forma a garantir longos períodos de trabalho, estudo ou lazer, sem comprometer a sensação de bem-estar, aponta Noleto.

Outro conceito é o de ambientes multiuso. “Espaços que permitam a descompressão através da prática de exercícios físicos, da reflexão, da oração, de uma boa leitura ou de um simples relaxamento passam agora a ser fundamentais na composição de um bom projeto, no qual quartos admitem o home office, sacadas comportam espaço fitness e escritórios permitem a meditação”, afirma ele.

Noleto destaca ainda as soluções tecnológicas. Os lares brasileiros, que já seguiam uma tendência crescente de digitalização, estão sendo agora forçados a tornarem-se mais rapidamente digitais. Recheados de infraestrutura eletrônica, os lares são mais capazes de dar as boas-vindas não só à já conhecida Alexa, da Amazon, mas a futuros entes familiares robotizados, que com suas conexões via wifi, bluetooth, fibra ótica, supercondutores, navegarão pelos mais variados universos digitais. “Isso permite níveis extremos de assistência e automação e, por conseguinte, conforto habitacional.”

Espaços externos

A reclusão imposta pelas medidas sanitárias impostas levou a uma maior valorização dos momentos em casa, mas não podemos deixar de valorizar o contato com o meio ambiente, com a natureza, com o verde ao ar livre. Por isso prever espaços com infraestrutura de drenagem e irrigação para o cultivo de hortas e/ou plantas ornamentais torna-se necessário. “Assim, os conceitos ligados à biofilia podem ser desvendados e mostram-se viáveis para a busca de uma vida equilibrada diante de um novo modo de se relacionar com o mundo”, diz.

Não se pode esquecer que o ambiente corporativo também passa por adaptações. Para Noleto, não haverá extinção destes locais de trabalho, mas sim a imposição de melhorias que garantam elevados níveis de bem-estar dos colaboradores, evitando as aglomerações e criando espaços que sejam cada vez mais sustentáveis. “Ou seja, mais naturalmente iluminados, mais ventilados, com mais áreas de terraços e jardins e que permitam ser atualizados na medida em que surjam novas tendências e novas tecnologias.”

As grandes torres envidraçadas, com seus indispensáveis equipamentos de ar condicionado, sem ventilação natural, tendem a ser evitadas pelo universo corporativo, o qual já se inclina definitivamente em busca dos conceitos biofílicos como forma de garantir o contato com meio ambiente e assim gerar um bem-estar empresarial capaz de proporcionar importantes níveis de satisfação e produtividade.

É importante destacar, ainda, que o ambiente pandêmico também deflagrou uma maior preocupação com as práticas sustentáveis, avalia Noleto. Segundo ele, os projetos arquitetônicos devem preconizar o uso consciente dos recursos naturais, “especificando materiais que causem o menor impacto possível ao meio ambiente, incentivando o uso de fontes de energia limpa ou renováveis, tais como aquecimento solar, sistema de iluminação fotovoltaica, geração de energia eólica, entre outros.”

Destaque da Semana

Bloqueios de trânsito na Pedreira para show do Twenty One Pilots em Curitiba

Foto: Flicker fNeste quarta-feira (22/1), ruas da região da Pedreira...

Ponte de Guaratuba ganha forma com instalação de vigas longarinas

Até o momento, 29 vigas longarinas, que são as...

Drenagem linfática vai além da estética: conheça benefícios e indicações T

écnica ajuda a combater a celulite e o inchaço,...

Primeira vez do bebê na praia? 5 pontos de atenção que os pais devem ter

Bebês com menos de 6 meses não podem usar...

Artigos Relacionados

Destaque do Editor

Popular Categories

Mais artigos do autor