O estudo “Uma Abordagem Territorial para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Paraná” foi lançado durante a 4ª Mesa-Redonda da OCDE sobre Cidades e Regiões para os ODS, evento online realizado nesta terça-feira (29) e que continua na quarta (30). Além do Paraná, também foram lançados relatórios sobre a província de Córdoba, na Argentina, e da cidade de Kitakyushu, no Japão.
A pesquisa destaca que as políticas públicas do Paraná estão voltadas ao desenvolvimento sustentável desde a década de 1990. Nos últimos anos, o Estado passou a utilizar os ODS como guia para melhorar as áreas de saúde, educação e segurança, além de diminuir a desigualdade social entre diferentes partes do território.
Na apresentação dos relatórios durante o evento, o vice-secretário geral da OCDE, Ulrik Vestergaard Knudsen, destacou que o Paraná já é um exemplo contundente na área de energia renovável. “Cerca de 94% da energia consumida no Paraná vem de fontes renováveis, mais que o dobro da média das regiões da OCDE, que fica em 41%”, ressaltou o executivo.
Na parte ambiental, a pesquisa também aponta que os pontos fortes do Paraná são a qualidade do ar, a preservação da água e a proteção costeira. Neste último quesito, por exemplo, o Estado supera as médias da OCDE e do Brasil: enquanto o Estado tem 51% das áreas costeiras protegidas, o País tem 36% e a OCDE, 20%.
Outros destaques do Paraná em comparação a outros estados estão na educação, no mercado de trabalho e em indicadores econômicos, com uma performance que supera em mais de 70% a média brasileira.
Grande parte desses resultados é fruto da atuação do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social do Paraná (Cedes), órgão responsável pela implementação da Agenda 2030 no Estado. A vice-presidente do Cedes, Keli Guimarães, disse que a pandemia revelou a urgência da resiliência nas sociedades, já que os desafios globais só podem ser enfrentados com soluções locais. Nesse contexto, ela destacou a atuação rápida e eficaz do Paraná.