Pandemia trouxe impactos à vida sexual e à intimidade dos casais

Pandemia trouxe impactos à vida sexual e à intimidade dos casais
Pesquisas mostram declínio nos relacionamentos íntimos em inúmeros países e psicólogos ensinam como criar estratégias para manter o clima aquecido nas relações amorosas

A pandemia do novo coronavírus forçou o distanciamento físico, social e alterou a forma como as pessoas se relacionam. Os impactos dessas mudanças não foram sentidos apenas nas rotinas de trabalho, nos estudos e nos encontros com a família e os amigos. Os relacionamentos amorosos levaram um balde de água fria, segundo pesquisas realizadas no Brasil e no exterior.

Nos Estados Unidos, Itália, Índia e Turquia, a atividade sexual dos casais entrou em declínio logo que o lockdown foi anunciado. No Brasil, levantamento feito pelo Datafolha revelou que mais de 30% dos solteiros relataram piora na satisfação sexual antes mesmo da situação da Covid-19 se agravar no país. Um reflexo de que, se as coisas não vão bem fora da cama, é preciso esforço extra para manter o relacionamento sexual aquecido.

Professor do curso de Psicologia do UniCuritiba – instituição da Ânima Educação, uma das principais organizações de ensino superior do país, o psicólogo Felipe Miranda Barbosa vem pesquisando os efeitos da pandemia na vida das pessoas. Segundo ele, estímulos aversivos e fatores estressantes têm reflexos nos comportamentos românticos. “O comportamento e a saúde mental estão alterados por conta de tudo o que estamos vivendo e os relacionamentos íntimos têm sido alterados, contribuindo para esse declínio em comportamentos sexuais”, explica.

A orientação do neuropsicólogo, mestre em Psicologia e especialista em Terapia Comportamental e Cognitiva é ampliar o repertório romântico. “É preciso reforçar o afeto, o carinho e a sexualidade, observar os esforços e tentativas do parceiro (a) e respondê-los à altura. Um caminho é criar um momento a dois com frequência planejada, organizada e fazer demonstrações diferentes do habitual na relação”.

Criatividade para fugir da rotina

Na avaliação do psicólogo Perci Klein, mestre em Psicologia da Saúde com atuação em psicologia social, dinâmica das relações interpessoais e psicologia da comunicação, as interferências externas causam impactos emocionais em graus diferentes em cada indivíduo, independentemente do gênero. “Cada pessoa reage de uma forma muito particular às crises, doenças, problemas familiares e no trabalho. Os reflexos disso no relacionamento íntimo e na libido são complexos e variados”, comenta.

Para manter o desejo em alta, continua Perci, que também é professor do curso de Psicologia do UniCuritiba, a saída é fugir da rotina. “Muitos casais deixam a relação amorosa se transformar em amizade ou cair na mesmice. A sugestão para evitar que o relacionamento a dois esfrie é criar novas formas de reconquistar o companheiro ou a companheira, despertando o amor e o desejo.”

Virtual X presencial

Um dos aplicativos de relacionamento virtual mais populares do Brasil divulgou mudanças no comportamento dos usuários ao longo de 2020: 16% recorreram ao recurso Passaporte para conversar com pessoas de todo o mundo, já que sair de casa está mais difícil. A troca de mensagens aumentou, em média, 25%, e o tempo das conversas ficou 20% mais longo.

Para o psicólogo Felipe Miranda Barbosa, o fenômeno das relações digitais veio para ficar e se solidificou com as restrições impostas pela pandemia. “O meio digital contribuiu para que mais pessoas pudessem se conhecer e, com o uso de aplicativos, se aproximar de quem tem interesses em comum, facilitando a conversação, reforçando qualidades e promovendo encontros online, mas o contato físico e próximo jamais será substituído.”

A mudança abrupta nos modos de convivência e nos relacionamentos íntimos, explica Perci Klein, exige atenção. “Muita gente está sentindo falta do contato físico, como os namorados que, em muitos casos, tiveram de se manter afastados por conta do isolamento social, e há casais tendo que lidar com a convivência intensa dentro da própria casa. As pessoas não estavam preparadas para viver dessa forma e, de um dia para o outro, tudo mudou. É preciso mais comunicação e compreensão para reequilibrar as relações.”

A dica é buscar a reconexão assim que os primeiros problemas surgirem e, diante das dificuldades para encontrar o equilíbrio, recorrer à ajuda especializada. Casais em crise podem – e devem – contar com a ajuda de psicólogos para restaurar a relação e aliviar o estresse, a ansiedade e outros efeitos causados pela pandemia da Covid-19.

Sobre a Ânima Educação

Com o propósito de ‘Transformar o Brasil pela Educação’, a Ânima Educação é a 4ª maior organização educacional privada do País em número de estudantes e a 3ª em receita líquida, com um portfólio de marcas valiosas e um dos principais players de educação continuada na área médica. A companhia é formada por uma comunidade de aprendizagem com cerca de 350 mil pessoas, composta por mais de 330 mil estudantes e 18 mil educadores, distribuídos em 16 instituições de ensino superior.

Está presente em 12 estados, nas regiões Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste, e em quase 550 polos de ensino digital por todo o Brasil. Integradas também ao Ecossistema Ânima estão oito marcas especialistas em suas áreas de atuação, como HSM, HSM University, EBRADI (Escola Brasileira de Direito), Le Cordon Bleu (SP), SingularityU Brazil, Inspirali e Learning Village, primeiro hub de inovação e educação da América Latina, além do Instituto Ânima.

Em 2021, a Ânima foi destaque no Guia ESG da revista Exame como uma das vencedoras na categoria Educação. Em 2020, foi reconhecida como uma das cinco empresas mais Inovadoras do País, na categoria Serviço, de acordo com o Anuário de Inovação do Valor Econômico; e conquistou, em 2019, o prêmio Mulheres na Liderança, na categoria Educação, iniciativa da ONG Women in Leadership in Latin America (WILL). Desde 2013, a companhia está na Bolsa de Valores, no segmento de Novo Mercado, considerado o de mais elevado grau de governança corporativa.

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