Essa fatia, contudo, sobe para 37,6% quando se observa a soma das riquezas industriais apenas da Região Sul – Rio Grande do Sul tem 35,7% e Santa Catarina 26,7%. “Esse resultado é fruto de um esforço constante no Governo do Estado pela desburocratização, pelo incentivo ao bom ambiente para as empresas e por políticas públicas voltadas às nossas melhores qualidades, do campo à indústria”, ressaltou o governador.
A pesquisa aponta que a expansão se dá em virtude do desempenho de alguns segmentos em especial. Os Serviços de Utilidade Pública, por exemplo, respondem por 19,4% do PIB industrial paranaense, seguido pela Construção (17,4%), Alimentos (17,2%), Veículos Automotores (8,1%) e Derivados de Petróleo e Biocombustíveis (6,8%).
“Percebemos uma onda de crescimento no Estado em todas as regiões de maneira uniforme. A paranaense já é a quarta maior indústria do País. E, por segmentos, vemos a relevância de setores como o automotivo, de alimentos, madeira e celulose”, afirmou o economista da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Evanio Felippe. Ele lembra que foi justamente durante o período do levantamento que o Estado assumiu o posto de segundo maior polo automotivo do País, atrás somente de São Paulo.
PRODUÇÃO INDUSTRIAL – Crescimento do passado que tem sequência no Estado. Ratinho Junior lembra que o resultado da produção industrial nos primeiros quatro meses de 2021 aponta crescimento de 18,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, terceiro melhor resultado do País. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A média nacional de crescimento no período foi de 10,5%.
O resultado de abril de 2021, na comparação com o mesmo mês de 2020, foi ainda mais expressivo. Primeiro lugar do Sul e terceiro do Brasil, a produção industrial estadual avançou 55,1% no período, reflexo da recuperação econômica, já que abril de 2020 foi um dos meses mais restritivos da pandemia da Covid-19. No País, o crescimento foi de 34,7%.
“Diversos índices mostram, mês a mês, que o Paraná caminha para superar os obstáculos impostos pela pandemia na economia. O crescimento da indústria paranaense é um deles”, comentou Ratinho Junior.
No quadrimestre, a indústria de transformação do Paraná avançou em 11 dos 13 setores analisados pelo IBGE. O crescimento mais expressivo foi na fabricação de máquinas e equipamentos, que aumentou 59,5% no período.
Um bom exemplo dessa expansão é a Valmet. Instalada desde 2011 em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, a indústria especializada em tecnologias, serviços e automação para celulose, papel e energia passa pela pandemia sem sentir qualquer efeito da crise econômica. Pelo contrário. Cresceu em produção e na contratação de mão de obra durante todo o período. Atualmente conta com 500 colaboradores – 470 instalados em Araucária e outros 30 em Ortigueira, nos Campos Gerais, fruto de um contrato de fornecimento para o projeto de expansão da Klabin na região.
“A necessidade dos nossos clientes casada com a nossa opção por tecnologia e inovação ajudam a explicar esse bom momento. Já abrimos a planta em Araucária em processo de expansão por causa de um contrato muito grande que assinamos ainda em 2011”, disse o presidente da Valmet para a América do Sul, Celso Tacla.