Início Geral Cinco dicas de brincadeiras divertidas e construtivas para as férias das crianças

Cinco dicas de brincadeiras divertidas e construtivas para as férias das crianças

0

O ato de brincar é muito importante para os pequenos, pois auxilia no desenvolvimento cognitivo, além de estimular as habilidades motoras

O ato de brincar é muito importante para o desenvolvimento das crianças. Por meio das brincadeiras, elas desenvolvem a criatividade assim como aprimoram seus sentidos e a capacidade cognitiva, melhorando a percepção do mundo ao seu redor, a memória e o raciocínio. Assim, elas podem  manter-se ocupadas com algo prazeroso e útil, durante as férias escolares. 

“O momento do brincar desenvolve a linguagem verbal e corporal, além das habilidades motoras”, explica a pedagoga e assessora pedagógica do Colégio Bom Jesus São José, de Rio Negro (PR), Aliciane Geffer Correia. Ela ressalta que, ao brincar, a criança experimenta, ainda mais intensamente, o mundo à sua volta, ficando mais preparada para lidar com os desafios do dia a dia. “As brincadeiras promovem possibilidades variadas, relações sociais, interações, propiciando às crianças a elaboração de sua autonomia de ação e a organização de suas ações”, explica a pedagoga.

A coordenadora da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I do Colégio Bom Jesus, Isabel Marconcin, lembra que, em uma simples brincadeira, pode haver muito aprendizado, seja ele motor, socioemocional ou cognitivo. Ela destaca que atividades simples, realizadas em família, como ajudar a fazer um bolo ou biscoitos, entretém, valorizam a leitura e mostram a aplicabilidade de conhecimentos matemáticos, por exemplo. “Além do desenvolvimento da criatividade e do benefício para as habilidades motoras, muitas brincadeiras contribuem para a resiliência na resolução de problemas, como um quebra-cabeças”, cita Isabel.

Para os pais que convivem ainda mais com os filhos durante as férias, as brincadeiras em família também são essenciais, pois o ato do brincar faz com que eles participem ainda mais desse desenvolvimento cognitivo e emocional. Segundo Aliciane, ao brincar em família, a criança conecta-se a si mesma e aos outros, e tudo isso de forma divertida. “Nas práticas educativas, as brincadeiras em família desempenham a função de estreitamento das relações e ensinam as crianças o controle e o domínio das situações rotineiras, a saber, pedir desculpas, saber perder, desenvolver a linguagem verbal, o pensamento crítico e criativo, a capacidade na resolução de problemas, desenvolver habilidades de cooperação”, relata Aliciane. 

 

Cinco dicas de brincadeiras para as férias

 

  1. Morto ou vivo

Nessa brincadeira, é possível envolver toda a família: o adulto dará dois comandos ou “vivo” ou “morto”. Quando disser “vivo” as crianças devem ficar de pé, mas, quando disser “morto”, as crianças devem ficar agachadas. Quem se enganar com o comando, deve sair da brincadeira até ficar só, ou seja, o vencedor.

A brincadeira auxilia na formação (e na firmeza) dos músculos, nas articulações e no equilíbrio. Além disso, envolve a escuta atenta, a atenção e a concentração.

 

2. Quebra-cabeça e outros jogos de encaixe (estilo Lego)

Esses tipos de jogos desenvolvem a criatividade da criança e trazem benefícios motores. Envolvem também a coordenação visomotora, a concentração, bem como estimulam o desenvolvimento de estratégias e a resolução de problemas, além da imaginação e da criatividade.

 

3. Circuito, amarelinha, cabo de guerra e esconde-esconde

O circuito, em geral, é conhecido por quem faz ginástica: é aquela modalidade em que a pessoa permanece um pouco em cada exercício, até completar um ciclo e recomeçar. 

Há vários tipos de circuitos que podem ser montados de acordo com a preferência da família ou dos amigos. Um deles pode ser composto por pneus ( por onde eles devem entrar e sair); colchonetes (para deitar e descansar ou até alongar pernas e braços); tábuas de madeira (para pular por cima), túneis, entre outros. O objetivo é sugerir movimentos corporais, como subir, descer, rolar, rastejar, saltar etc. Para mesclar atividades mais intensas com moderadas, uma das etapas do circuito pode ser uma brincadeira manual. Em uma folha sulfite, pinte pequenas bolas de diferentes cores. O objetivo da criança será usar uma fita de papel da mesma cor, ligando cada círculo com cola.

Já a amarelinha pode ser feita com objetos improvisados dentro de casa para formar os quadrados – cartolinas escritas com os números são boas opções. Depois de escrever nelas, é só colar de alguma forma no chão. Há também amarelinhas para comprar em lojas de brinquedos. Para quem mora em casa, há a alternativa de desenhar no chão com giz.

Essas brincadeiras auxiliam na movimentação dinâmica, na lateralidade (percepção de qual lado do corpo é predominante para o desenvolvimento de certa atividade), no condicionamento cardiorrespiratório e no fortalecimento da musculatura dos braços e pernas, além de serem excelentes para a diversão em família ou com amigos.

 

4. Receitas culinárias

O “brincar” também pode ser estendido para a cozinha de casa, especialmente neste momento de pandemia, quando todos evitam ir a lugares externos. Fazer algum quitute que permita às crianças auxiliarem na receita pondo a mão na massa, literalmente, auxilia no desenvolvimento motor, nos conhecimentos de Matemática (com a contagem dos ingredientes) e de leitura (quando leem as receitas). Além de estimular o protagonismo, no sentido de que eles também podem cozinhar, mesmo com a supervisão dos pais ou familiares.

 

5. Contar histórias

A leitura também pode ser uma atividade muito divertida de se fazer nas férias, estimulando os pequenos ao conhecimento da literatura infantil, que propicia imaginação e criatividade. Selecionar livros e “brincar de contar histórias”, mesmo com aquelas crianças que ainda não sabem ler, é um ato prazeroso e, acima de tudo, produtivo. Vale ler uma história de algum livro, mas também inventar a própria história – e até pedir para que as crianças façam o mesmo. Além de estimular a criatividade, aumenta o vínculo afetivo entre os familiares.

SEM COMENTÁRIOS

Sair da versão mobile