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Compra de carros usados cresce 15% na pandemia

Carros usadosA pandemia mudou o jeito de fazer e lidar com o dinheiro. Os acontecimentos inevitáveis propiciados por este período deixou muita coisa em evidência, uma delas, é a necessidade de economizar e sempre manter um fundo de emergência, caso esteja defronte de uma eventualidade. Nesse sentido, você sabia que a compra de carros usados cresceu 15% na pandemia? Então, vamos à explicação!

As medidas de restrições e o medo da contaminação, que comprovou que o vírus dissemina velozmente, praticamente impeliu o público a buscar o seu próprio veículo, visto que em transportes públicos a probabilidade de aglomeração é alta. Até aí tudo bem, isso é um raciocínio lógico e óbvio. Porém, por uma questão de facilidade, muita gente buscou este conforto do carro próprio nos carros usados.

Segundo dados da Federação Nacional de Veículos Automotores (Fenabrave), houve um incremento de 15,1% nas vendas de veículos usados no mês de fevereiro, quando fazemos o comparativo com o ano predecessor, neste mesmo período. Ainda de acordo com o levantamento da agência, foram negociados 876.306 veículos de passeio e comerciais leves, ante 761.333 no mesmo mês de 2020.

Esse crescimento também pode impulsionar outros segmentos do setor automotivo como seguradoras, transportadoras de veículos e empresas de autopeças.

Fatores que explicam a busca pelos seminovos

Poupar dinheiro e ao mesmo tempo usufruir de conforto e de um carro equiparado ao luxuoso pode explicar essa busca incessante pelos modelos seminovos. “O cliente queria comprar um carro novo, de R$ 80 mil a R$ 100 mil, não encontrou o que procurava e acabou migrando para o mercado de usados, podendo até comprar um carro usado mais luxuoso”, explica o executivo do Santander.

A comodidade de ter o seu próprio veículo impulsionou muita gente a rever conceitos, e a pandemia foi um fio condutor para isso.”Dei o meu Chevrolet Celta para a minha filha, pois o usava muito pouco. Mas, com essa pandemia, eu e a minha esposa ficamos com receio de pegar transporte público. Agora, procuramos um carrinho econômico, mais para rodar na cidade mesmo, ir ao mercado”, diz o aposentado Vicente Manoel Ribeiro, mineiro de Pouso Alegre (MG).

Compra de carro novo declinou na pandemia

Claro que cada sujeito pensa de uma forma e direciona a sua vida assim, mas estudos mostram que a compra de carros novos teve um declínio considerável nessa pandemia, que nos forçou a readaptar nossos hábitos.

Um levantamento feito pela consultoria Jato Dynamics a pedido do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) aponta que as compras de carros novos de entrada, com preços de no máximo R$ 50 mil, foram reduzidas a 10,5%, em comparação ao ano pretérito.

Além disso, a despeito dos valores, carros populares conquistaram seus espaços mais do que nunca de uns meses para cá, de modo que preços na faixa de R$ 50 mil a R$ 90 mil representam mais da metade do mercado, especificamente 54,6% conforme o indicativo das pesquisas.

Comprar carro usado é uma boa?

Conforme pontuamos, em decorrência dos novos hábitos das pessoas por conta da pandemia, ter o seu próprio carro apontou ser uma escolha assertiva. Mas qual carro? E os gastos provenientes desta escolha? Pois é, como muita gente, a maioria, não se programou e se viu diante de uma situação atípica, a opção mais viável foi ir atrás de uma comodidade que coubesse dentro do bolso, por assim dizer.

Nessa direção, os seminovos ganharam ainda mais visibilidade, mas suscitaram algumas dúvidas relevantes. Bom, é bem verdade que o carro novo é mais avançado, nunca teve um dono e tem menos chances de dar problema no futuro, certo? Mas um seminovo é mais acessível, pois é mais barato na compra e, além do mais, muitos são vendidos em ótimo estado.

Carro novo oferece vantagem, mas tem impostos maiores, uma vez que são mais valiosos. Ou seja, além do gasto do carro em si, ainda terão outros gastos oriundos do veículo. Pesando todos os fatores, a procura por um carro usado que ofereça conforto e segurança cresceu significativamente. Uma pesquisa, por exemplo, constatou que os modelos usados são a preferência da maioria e sinalizam 88% do montante.

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