O trabalho braçal, agora, fica a cargo da máquina, deixando os bastidores por conta de Rubert, o que diz muito sobre a modernização do setor. “Agora uso mais a mente. O robô faz o trato dos porcos, pesa a quantidade certa de ração e abastece, sozinho, os cochos. Eu fico acompanhando pelo computador, programando o painel”, conta.
O aparelho foi a última aquisição da granja modelo dos Rubert. Perfeccionista, ele figura sempre entre os líderes de aproveitamento da região, considerando apenas os parceiros da BRF, com quem tem um acordo de décadas. Em 2019 ficou em segundo lugar. Neste ano, já recebeu a notícia de que está entre os cinco melhores em converter ração em carne de porco (peso do animal).
“A tecnologia ajuda, claro, mas é o olho do patrão que engorda os bichos. Faço tudo com muito amor e capricho, por isso dá tão certo”, revela o suinocultor, que encaminha, religiosamente, aproximadamente 3 mil animais por ano para serem abatidos pelo frigorífico da BRF. “Os porcos saem daqui com 147 quilos de média”.
Dionei Stuani também tem anos de granja. Começou com o pai, em 1977, quando Toledo nem de longe era a mesma de hoje. “Era quase tudo mato”, diz. Progresso que se refletiu nos negócios da família. Abriu a jornada com 30 matrizes, algo bem distante das mil cabeças alojadas atualmente na propriedade. Com planos de expansão: chegar a 1.500 suínos em um curto prazo.
“A apresentação da carne suína melhorou muito, não existe mais preconceito. E sou até suspeito para falar, mas é uma carne única: macia e saborosa”, destaca.