O IGet, índice que acompanha o desempenho do setor terciário, desenvolvido pelo Departamento Econômico do Santander em parceria com a Getnet, mostrou em junho pequena desaceleração dos varejos ampliado (-1,2%) e restrito (-2%) sobre o mês anterior, descontados valores sazonais. Na comparação com junho de 2020, os indicadores cresceram 2,2% e 3,8%, respectivamente. Já o setor de serviços teve alta mensal de 3,4%.
“O mês mostrou um certo acomodamento do consumo das famílias, depois de dois meses de altas consecutivas e maior direcionamento dos gastos para serviços, como restaurantes, hotéis, cultura e lazer. Esse comportamento já era esperado, uma vez que as restrições do comércio diminuíram um pouco mais e a mobilidade foi retomada gradualmente, principalmente nos grandes centros urbanos”, comenta André Parize, diretor Financeiro da Getnet.
No varejo restrito, a categoria com maior queda foi Supermercados (-8%), seguida de Vestuário (-7,2%), Livros (-4,6) e Móveis e Eletrodomésticos (-2,7%). Mas houve crescimento em Artigos Farmacêuticos (39%) e Material para Escritório (2,2%). No ampliado, Partes e Peças Automotivas teve alta de 2,7% e Material de Construção, de 0,8%.
Mesmo com alguns resultados negativos, as vendas no segundo trimestre cresceram. No varejo ampliado, a alta foi de 6,8% sobre o primeiro trimestre, devolvendo parte das perdas do período anterior (-7,3%). Em contrapartida, o varejo restrito fechou com alta de 8,2% cobrindo o saldo negativo dos três meses anteriores (-8%).
Das categorias analisadas em serviços, Alojamento e Alimentação e Outros Serviços (cultura e lazer) cresceram 3% e 3,6%, respectivamente, descontados valores sazonais. O segundo trimestre também apresentou crescimento de 19,5% sobre os três primeiros meses do ano. O resultado mensal posiciona o indicador nos maiores níveis desde fevereiro de 2020, mas ainda abaixo, em 21,2%, do período pré-pandemia. Na comparação com junho de 2020, o crescimento foi de 67,2%.
Metodologia
O IGet – Índice Getnet de Vendas do Comércio Varejista Brasileiro – utiliza informações de transações no mercado de adquirência nacional e tem o intuito de ampliar o conjunto informacional para análise da trajetória da atividade econômica no Brasil. O método é o same store sales (vendas de uma mesma loja) a cada dois meses. Em junho, a amostra foi de 150 mil estabelecimentos no comércio varejista e 73 mil no setor de serviços. São empresas de diferentes tamanhos, segmentos e regiões.