Apesar de apresentarem alguns sintomas semelhantes, estas doenças têm uma série de diferenças e necessitam de acompanhamento médico
Asma e bronquite são doenças inflamatórias que atacam as vias respiratórias e apresentam sintomas semelhantes, em especial a falta de ar e tosse. Por este motivo é comum que pessoas façam confusão entre as duas antes de uma consulta ao médico, que poderá fazer um diagnóstico para identificar a condição do paciente.
As duas inflamações, no entanto, têm também muitas diferenças, conforme explica a Dra. Janaína Krupp, pneumologista do Pilar Hospital. “Asma é uma doença genética, com características alérgicas e está muito relacionada à rinite”. A médica relata que a asma também é caracterizada por uma limitação variável ao fluxo de ar e por hiperresponsividade brônquica, que pode ser definida como um aumento na facilidade e grau de estreitamento das vias aéreas em resposta a estímulos broncoconstritores.
“A asma se apresenta por falta de ar, tosse, chio e opressão no peito”, completa Janaína. “Já a bronquite é uma variante da DPOC, doença pulmonar obstrutiva crônica, e está muito relacionada a fatores ambientais, como à inalação de fumaça. A tosse crônica é o sintoma mais comum, junto com a falta de ar e cansaço aos grandes esforços”.
Para saber se tem asma ou bronquite, a pessoa deve se submeter a um exame de diagnóstico chamado espirometria. “Deve-se também avaliar a história clínica, os sintomas, analisar exposição a alérgicos, poluição, fumaça, exercícios, infecções respiratórias, doença de refluxo e principalmente avaliar presença de rinite associada”, explica Janaína.
Entre os cuidados que uma pessoa deve tomar para não adquirir bronquite, estão: evitar o fumo e ou cessar o tabagismo, além de sempre se vacinar contra pneumonia e influenza. Quanto à asma, Janaína alerta que os fatores de risco são a doença familiar de atopia, tabagismo materno durante a gestação, prematuridade, baixo ou elevado peso ao nascer e dieta rica em sal. Deve-se evitar exposição a poeira ou fumaça.
A asma é uma doença que não tem cura, mas que pode ser controlada. O tratamento tem como objetivo atenuar o processo inflamatório, diminuindo as crises. São indicados medicamentos específicos, como corticoides inalatórios, antileucotrienos e beta agonistas de longa duração (as famosas bombinhas). “Já o objetivo do tratamento da bronquite é manter a dilatação dos brônquios, que alivia os sintomas, melhoram a qualidade de vida e reduzem o número de exacerbações. São usados os broncodilatadores de longa duração, corticoides inalatórios e a reabilitação pulmonar, que é bastante efetiva nesses pacientes”, explica Janaína.
Quanto aos cuidados com estas doenças em relação à pandemia de Covid-19, a médica informa que valem os mesmos já praticados habitualmente para toda as pessoas: o uso de máscara, álcool em gel, manter o distanciamento social e, principalmente, se vacinar contra Covid-19 e contra influenza.
O Pilar Hospital conta com uma equipe de pneumologistas, cirurgiões torácicos, fisioterapeutas e radiologistas que a cada dia aprimoram o atendimento a pacientes com doenças respiratórias, e também no tratamento de pacientes com Covid-19.