Balança comercial: superávit de US$ 5,42 bilhões em agosto

Corrente de comércio alcança US$ 31,77 bilhões, com US$ 18,59 bilhões de exportações e US$ 13,18 bilhões em importações; no ano, saldo acumulado chega a US$ 49,77 bilhões

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 5,42 bilhões em agosto, até a terceira semana, com crescimento de 30,3%, pela média diária, em relação a agosto do ano passado. A corrente de comércio (soma de exportações e importações) aumentou 53,4%, alcançando US$ 31,77 bilhões. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (23/8) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações cresceram 49,6% e somaram US$ 18,59 bilhões, enquanto as importações subiram 59,2% e totalizaram US$ 13,18 bilhões.

No acumulado do ano, o superávit chegou a US$ 49,77 bilhões, em alta de 45,5% em relação a janeiro até agosto de 2020, e a corrente de comércio subiu 35,5%, atingindo US$ 310,71 bilhões. As exportações em 2021 cresceram 36,8% e somaram US$ 180,24 bilhões. Já as importações tiveram alta de 33,8% e totalizaram US$ 130,47 bilhões.

Veja os principais dados da balança comercial

Crescimento das exportações

Até a terceira semana do mês, a Secex registrou crescimento de 30,5% nas exportações da Agropecuária, que somou US$ 3,53 bilhões; de 98,4% na Indústria Extrativa, com US$ 5,83 bilhões; e de 35,5% para a Indústria de Transformação, que alcançou US$ 9,12 bilhões.

Na Agropecuária, a expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas de café não torrado (+21,9%), soja (+63,4%) e madeira em bruto (+268,3%). Para a alta das vendas da Indústria Extrativa, as principais contribuições foram de minério de ferro e seus concentrados (+115,5%), minérios de cobre e seus concentrados (+169,9%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+70,4%).

Já na Indústria de Transformação, os destaques foram carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+58,1%), carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (+48,8%) e produtos semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (+103,3%).

Importações em alta

Do lado das importações, houve crescimento de 18,8% na Agropecuária, que somou US$ 269,14 milhões; de 342% na Indústria Extrativa, que chegou a US$ 929,14 milhões; e de 54,3% na Indústria de Transformação, que alcançou US$ 11,92 bilhões.

Os maiores destaques nas compras de produtos para Agropecuária foram pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (+89,5%), trigo e centeio, não moídos (+17,5%) e milho não moído, exceto milho doce (+213,4%). Na Indústria Extrativa, as importações foram impulsionadas por carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+141,4%), óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+319,1%) e gás natural, liquefeito ou não (+750,8%).

Na Indústria de Transformação, por sua vez, os principais aumentos foram nas importações de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+172%), medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (+172,5%) e adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+107,7%).

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