Projeto pioneiro de P&D de FURNAS combina usinas solares fixa e flutuante, além de planta de hidrogênio verde

O projeto, cujo investimento está na casa de R$ 44 milhões, conta com soluções da alemã SMA e implementação da BASE Energia Sustentável.

Um projeto pioneiro no Brasil está sendo construído junto ao reservatório da Usina Hidrelétrica de Itumbiara (MG/GO), gerenciado por FURNAS. O projeto combina a construção de usinas de energia solar fotovoltaica, tanto fixas em solo quanto em estruturas flutuantes, além de plantas de armazenamento de energia em baterias de lítio e hidrogênio verde, que realizam a geração e armazenamento de hidrogênio a partir da eletrólise da água.

Trata-se de um projeto de P&D batizado de “Desenvolvimento de sinergia entre as fontes hidrelétrica e solar com armazenamento de energias sazonais e intermitentes em sistemas de hidrogênio e eletroquímico – SHSBH2”. Esse projeto é resultado de uma parceria de FURNAS com a empresa Base Energia Sustentável, associada à Universidade Estadual Paulista (Unesp); Universidade de Campinas (Unicamp); Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); Universidade de Bradenburgo (Alemanha), instituição acadêmica com experiência no armazenamento de hidrogênio; e a PV Solar, empresa parceira experiente em implantação de sistemas fotovoltaicos.

A utilização de reservatórios para produção e armazenamento de energia fotovoltaica representa mais uma etapa no aproveitamento de uma fonte renovável, como a luz do sol, de forma sustentável e economicamente viável. Esse trabalho permite que as usinas da empresa se transformem em unidades híbridas, com geração de energia hidrelétrica e solar.

A Usina Hidrelétrica de Itumbiara foi escolhida por apresentar os melhores índices para geração solar fotovoltaica, em relação às demais unidades de FURNAS, e por possuir um reservatório adequado para a instalação dos painéis fotovoltaicos em estruturas flutuantes.

Em fase adiantada de instalação e com previsão de entrega em novembro deste ano, a energia solar gerada em Itumbiara totalizará 1.000 kWp (quilowatts pico, unidade de potência associada à energia fotovoltaica), dos quais 200 kWp serão provenientes das placas solares localizadas no reservatório da usina, que serão interligados aos 800 kWp das demais placas instaladas em solo.

Por meio de uma parceria com a BASE Energia Sustentável, um dos destaques do projeto foram os equipamentos da alemã SMA, líder em inversores fotovoltaicos. A SMA desenvolve produtos e soluções que melhoram o rendimento energético das plantas instaladas em telhados de residenciais, comércios, indústrias e usinas fotovoltaicas de grande porte.

Em Itumbiara estão sendo usados 10 inversores SMA Sunny High Power SHP75-10, 8 deles em solo em uma planta de 800 kWp solo e dois para a planta flutuante, localizada mais próximo à barragem. Também estão sendo utilizados dois sistemas de monitoramento SMA Inverter Manager IM-20, além de 11 SMA String Combiner Box 100MB16F230.

Confira os equipamentos e detalhes do projeto de P&D na Usina Hidrelétrica de Itumbiara:

 

10                    Inversores solar SMA Sunny High Power SHP75-10

2                      Sistemas de monitoramento SMA Inverter Manager IM-20

10                    SMA String Combiner box 100MB16F230

1                      Banco de baterias 600 kWh da WEG

1                      Eletrolisador Alcalino da Hydrogenics

1                      Célula a Combustível da Hydrogenics

2.564               Placas Solares Trina 390W cada, totalizando 1MWp

1                      Conjunto de estruturas de fixação Politec fixa ao solo

1                      Conjunto de estruturas flutuantes desenvolvida pela BASE

Em um primeiro momento, a produção não será comercializada, mas destinada ao Sistema de Serviços Auxiliares da unidade, como iluminação, tomadas, ventilação etc. A transmissão dessa energia sairá da planta para o barramento de 13,8kV da subestação da própria Usina Hidrelétrica por meio das redes aérea e subterrânea.

Após a comprovação da eficiência do projeto e sua colaboração para a diversificação da matriz energética brasileira, FURNAS pode optar por incluir o projeto de Itumbiara em sua matriz de geração de energia elétrica.

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