Início Vida e Saúde Qual melhor método contraceptivo feminino e quando é hora de trocar?

Qual melhor método contraceptivo feminino e quando é hora de trocar?

As respostas não são simples, pois dependem de uma série de fatores. Por isso, a consulta com o ginecologista é indispensável.

Qual melhor método contraceptivo feminino e quando é hora de trocar?Mesmo com o acompanhamento de um ginecologista, encontrar o método contraceptivo ideal pode ser complicado, afinal, cada organismo é próprio e reage de um jeito diferente, podendo apresentar efeitos colaterais distintos. “Até mesmo se você já utiliza um método há algum tempo pode ser que você comece a notar efeitos adversos, pois nosso corpo e estilo de vida estão em constante mudança”, explica a ginecologista Dra. Eloisa Pinho, da Clínica GRU. A pergunta sobre qual o melhor método contraceptivo é frequente e configura uma das dúvidas mais comuns entre as mulheres. “No entanto, a resposta não é simples, pois vai depender de uma série de fatores. Por isso, a consulta com o ginecologista é indispensável”, completa.

Segundo a gineconologista, quando o assunto é prevenção de IST’s (Infecções Sexualmente Transmissíveis), o preservativo é a única opção eficaz, devendo então ser combinado a todos os outros métodos contraceptivos. “Mas a conversa se complica quando se trata de prevenção da gravidez. Aqui o preservativo também é eficaz. Porém, existe uma enorme variedade de opções”, explica a médica.

No geral, a pílula anticoncepcional é a mais popular, já também tem benefícios como regulação da menstruação, combate à acne e diminuição das cólicas. “Mas, por ter alta quantidade de hormônios, pode causar uma série de efeitos colaterais. Além disso, precisa ser tomada diariamente para garantir sua eficácia, não sendo então indicada para quem se esquece de medicamentos com facilidade”, diz a médica. Nesses casos, é possível optar por outros métodos hormonais, como os adesivos, o anel vaginal e o DIU hormonal, que possuem mecanismo similar às pílulas, mas sem a possibilidade de esquecimento. “Mas vale ressaltar que nem todas as mulheres podem utilizar os métodos hormonais, já que estes podem aumentar o risco de certas complicações em pessoas que já possuem predisposição, como a trombose”, explica.

Felizmente, destaca a médica, existem também métodos de barreira, como o DIU de Cobre, que é colocado no útero para dificultar a fecundação e a implantação do embrião, e o diafragma, que é inserido antes da relação sexual para bloquear o útero, devendo ser usado em combinação a um espermicida.

Quando trocar? Segundo a médica, é importante ficar atenta a sinais que podem indicar que está na hora de trocar de método contraceptivo, como sangramentos de escape frequentes e prolongados. “Problemas dermatológicos, como espinhas, aumento de oleosidade e queda capilar, também são sinais de alerta, assim como o surgimento de náuseas, ânsia e dores de cabeça constantes. Alterações de libido e aparecimento de inchaço, dor e vermelhidão nas pernas também podem ser efeitos colaterais dos anticoncepcionais. Na dúvida, é sempre melhor consultar um profissional especializado para verificar se a culpa dos sintomas é realmente do método contraceptivo”, explica a médica.

E quanto a parar com os métodos contraceptivos? Nesses casos, o objetivo geralmente é engravidar. “Por isso, o recomendado é que a mulher pare com o anticoncepcional pelo menos um mês antes de começar efetivamente a tentar engravidar. O ideal é ter pelo menos uma menstruação sem contraceptivos antes de tentar a concepção”, diz a médica. “E é importante que nesse processo, seja para parar ou trocar o anticoncepcional, você conte com o acompanhamento de um ginecologista”, finaliza.

FONTE: *DRA. ELOISA PINHO: Ginecologista e obstetra, pós-graduada em ultrassonografia ginecológica e obstétrica pela CETRUS. Parte do corpo clínico da clínica GRU Saúde, a médica é formada pela Universidade de Ribeirão Preto, realiza atendimentos ambulatoriais e procedimentos nos hospitais Cruz Azul e São Cristovão, além de também fazer parte do corpo clínico dos hospitais São Luiz, Pró Matre, Santa Joana e Santa Maria.

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