Corrente de comércio sobe 35,9% e chega a US$ 332,53 bilhões, com US$ 192,66 bilhões em exportações e US$ 139,87 bilhões em importações
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 52,78 bilhões no acumulado do ano, até a primeira semana de setembro, em alta de 43,1% pela média diária, na comparação com o período de janeiro a setembro de 2020. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) chegou a US$ 332,53 bilhões no período, um aumento de 35,9%.
A corrente de comércio atual reflete o resultado das exportações, que somam US$ 192,66 bilhões, em alta de 36,8%, e das importações, que aumentaram 34,6%, alcançando US$ 139,87 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (6/9) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
As exportações no mês subiram 42,8%, alcançando US$ 3,72 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 3,05 bilhões, com alta de 62,2%. A balança comercial registrou superávit de US$ 673,2 milhões, portanto, em queda de 7,3% em relação a setembro de 2020, enquanto a corrente de comércio somou US$ 6,76 bilhões, subindo 51%.
Veja os principais resultados da balança comercial
Exportações
Nas exportações, comparadas a média diária até a primeira semana deste mês (US$ 1,239 bilhão) com a de setembro de 2020 (US$ 867,78 milhões), houve crescimento de 42,8%, com alta das vendas nos três segmentos – Indústria Extrativa (+47,9%), Indústria de Transformação (+47,9%) e Agropecuária (+21,5%).
Na Indústria Extrativa, o aumento das exportações foi puxado, principalmente, pelo crescimento nas vendas de minério de ferro e seus concentrados (+77,8%); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+12,7%); outros minerais em bruto (+9,2%); minérios de metais preciosos e seus concentrados (+3.504,8%) e fertilizantes brutos, exceto adubos (+310%).
Já em relação à Indústria de Transformação, destaque para o aumento nas vendas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+120,3%); carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (+125,4%); ouro, não monetário, excluindo minérios de ouro e seus concentrados (+117,7%); celulose (+91,1%) e aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (+95,7%).
Entre os produtos agropecuários, a alta das exportações foi impulsionada pelo crescimento nas vendas de soja (+73,8%); madeira em bruto (+170,2%); especiarias (+62,8%); produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (+31%) e matérias vegetais em bruto (+77,5%).
Importações
Nas importações, a média diária até a primeira semana de agosto de 2021 (US$ 1,015 bilhão) ficou 62,2% acima da média de setembro do ano passado (US$ 625,71 milhões). Nesse comparativo, aumentaram principalmente as compras de produtos da Indústria Extrativa (+299,3%), da Indústria de Transformação (+55%) e da Agropecuária (+35,5%).
Na Indústria Extrativa, destaque para as compras de gás natural, liquefeito ou não (+658,1%); carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+228,6%); minérios de cobre e seus concentrados (+569,4%); minério de ferro e seus concentrados (+2.100,4%) e outros minérios e concentrados dos metais de base (+321,3%).
Já na Indústria de Transformação, o aumento das importações foi puxado pelo crescimento nas compras de adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+199,2%); medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (+305,4%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+152,4%); partes e acessórios dos veículos automotivos (+82,9%) e veículos automóveis para transporte de mercadorias e usos especiais (+121,3%).
Por fim, na Agropecuária, a alta nas importações teve o destaque da compra de milho não moído, exceto milho doce (+418,1%); trigo e centeio, não moídos (+20,5%); pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (+67,4%); cacau em bruto ou torrado (+108.834,1%) e matérias vegetais em bruto (+71,7%).