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Expectativa é de crescimento para empresas que não demitiram na pandemia

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Com o lockdown e uma série de medidas restritivas na indústria e comércio, o número de empresas que fecharam as portas cresceu consideravelmente nos últimos dois anos. No segundo trimestre de 2019, o país tinha 4,369 milhões de empresas. Já no segundo trimestre de 2021, esse número atingiu 3,788 milhões. Para driblar a crise, as empresas tiveram que sair da “zona de conforto”.

Um dos conceitos que garantiu isso foi a Estratégia de Indústria 4.0, que trouxe um diferencial expressivo para grandes empresas, onde a cultura da inovação e da sustentabilidade driblaram as consequências da Covid-19. “A digitalização, a integração de processos e a tomada de decisão baseada em dados criou para essas empresas uma nova atmosfera de inovação, garantindo crescimento até mesmo em um momento de crise. Por isso as empresas precisam continuar investindo em tecnologia e inovação mais do que nunca para se manter no mercado”, afirma o CEO do Grupo Datacenso, Claudio Shimoyama.

O resultado dessas estratégias foi positivo: de acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae, 11% das empresas brasileiras registraram aumento de faturamento mensal. “Para crescer é necessário reaprender a forma de entender e atender o cliente. Por isso é tão fundamental que o perfil do gestor seja arrojado. Afinal, em períodos como esse, é preciso inovar sem esperar o mercado reagir. Ter um perfil versátil para liderar a reinvenção da empresa também faz a diferença”, avalia Shimoyama. 

Empresas internacionais também surpreenderam. A Mercado Livre, por exemplo, ganhou 5 milhões de novos clientes no Brasil durante a pandemia. Do mesmo modo, as micro e pequenas empresas também se reinventaram por meio de treinamentos on-line, uso de mídias digitais para venda e contato direto com consumidor e intensificação de delivery. Com isso, além do crescimento de vagas locais, as MPEs estão sendo a força motriz para a economia se reerguer.

Com as restrições ficando mais amenas, para o fim do ano a expectativa é que o comércio abra vagas temporárias. Somente para setembro, a previsão da Associação Brasileira de Trabalho Temporário (Asserttem) era de mais de 225 mil novas vagas temporárias; um aumento de 20% em relação ao mesmo período de 2020. “Essas oportunidades podem se tornar efetivação e uma forma importante de a economia se reestruturar mesmo com a crise”, finaliza Shimoyama.

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