Outubro Rosa: Diagnóstico precoce do câncer de mama poderia atingir taxas de cura de até 95%

Mamografia deve ser realizada mesmo que a mulher não tenha sintomas

O câncer de mama é ainda o mais incidente (exceto o de pele não-melanoma) entre as brasileiras. Segundo o Inca, são estimados mais de 66 mil novos casos em 2021. A doença também é a principal causa das mortes femininas por câncer: 16,1% do total.
Contudo, a taxa de mortalidade poderia ser reduzida, já que essa é uma doença que pode ser detectada no início. “Estima-se que se realizado o diagnóstico precocemente atingiríamos taxas de cura entre 90% a 95%”, revela Dra. Priscila Morosini, cirurgiã oncológica do Hospital São Vicente Curitiba.

Em 2012, a assistente social Flávia Lopes Montezano foi diagnosticada com câncer de mama, após notar alterações no seio durante o banho, e precisou passar por cirurgia e quimioterapia. “O exame de mamografia é chato, ninguém gosta. Mas tem coisa pior, como a quimioterapia. Se você descobrir ou identificar no início, é bem mais fácil”, afirma ela, que já venceu a luta contra o câncer, mas segue fazendo os exames anualmente.

Os principais sinais do câncer de mama são nódulos palpáveis na mama, axila ou pescoço, pele da mama avermelhada, retraída ou com aspecto de casca de laranja, alterações no bico do peito, incluindo ou não secreção de líquido anormal. O autoexame é importante, mas a mamografia deve ser realizada mesmo que a mulher não tenha sintomas.

“A mamografia é o exame de rastreio padrão indicado pois consegue fazer o diagnóstico de lesões que ainda não são palpáveis, muito pequenas, lesões essas de mais difícil percepção ou impossibilidade de perceber até em um ultrassom, por exemplo”, ressalta a cirurgiã oncológica.

Neste Outubro Rosa, mês de conscientização da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, fica um alerta: de acordo com informações da Secretaria Estadual de Saúde, o Paraná registrou uma redução de 45% no número de mamografias entre 2019 e 2020.

A realização do exame é indicada a partir dos 40 anos, anualmente. “Esse é o protocolo definido pela Sociedade Brasileira de Mastologia e outras sociedades. No SUS o protocolo difere nesse intervalo de maneira bianual, a partir dos 50 anos”, afirma Dra. Priscila Morosini.

Mutirão de reconstrução mamária

A mastectomia, retirada total da mama, é um procedimento que muitas mulheres ainda precisam realizar durante o tratamento do câncer de mama. “Cada vez mais há uma tendência de diminuir as cirurgias de grande porte e proporcionar cirurgias menores, com menores impactos estéticos, mas igualmente efetivas. O que vai definir é o caso individualizado, há mulheres que ainda precisam de mastectomia”, explica a cirurgiã oncológica.

O Hospital São Vicente Curitiba realizou um mutirão de cirurgias de reconstrução mamária no dia 2 de outubro para ajudar a diminuir a lista de espera pelo procedimento. “Eu fui diagnosticada com câncer de mama exatamente durante um Outubro Rosa e fiquei esperando dois anos por essa cirurgia”, comentou Ana Paula Neves, uma das 15 pacientes que fez parte do mutirão.

A Cleonir Xavier da Cruz, outra paciente que já passou pelo tratamento e aguardava a reconstrução mamária, ainda lembrou da importância do diagnóstico precoce. “Façam os exames anuais. No começo é mais fácil, a gente tem mais esperança, uma expectativa maior de que o tratamento passe rápido e a gente fique bem”, salientou.

Para a Dra. Priscila Morosini, o Outubro Rosa ainda deve ir além da conscientização sobre a prevenção e importância dos exames de rastreio e acompanhamento médico. “É preciso direcionar a atenção para todo o universo do câncer da mama, pensando em tudo que as mulheres precisam para melhoria do tratamento. A grande maioria das evoluções que temos nos últimos anos, infelizmente, não atingiram todas as mulheres. O Outubro Rosa vem para trazer o assunto à tona, para que se lute por melhores condições para que o rastreio precoce seja feito cada vez em mais mulheres, possibilitando mais casos de cura”, considera a cirurgiã oncológica do Hospital São Vicente Curitiba.

Sobre o Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF

O Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF, formado pelo Hospital São Vicente Curitiba, fundado em 1939, e pelo Hospital São Vicente CIC, inaugurado em 1973, atende a diversas especialidades, sempre pautado pela qualidade e pelo tratamento humanizado. Referência em transplantes de fígado e rim e nas áreas de Oncologia e Cirurgia, desde 2002 o Grupo é mantido pela Fundação de Estudos das Doenças do Fígado Kotoulas Ribeiro (FUNEF).

O Hospital São Vicente Curitiba é um hospital geral de alta complexidade. Em uma estrutura moderna, conta com pronto-atendimento, centros médico, cirúrgico e de exames, UTI, unidades de internação e centro de especialidades. Possui o selo de certificação intermediária de transplantes hepático e renal da Central Estadual de Transplantes do Paraná e seu programa de Residência Médica é credenciado pelo Ministério da Educação (MEC) nas especialidades de Cirurgia Geral, Cirurgia Digestiva, Cancerologia Cirúrgica e Radiologia.

A instituição integra ainda a lista de estabelecimentos de saúde que atendem ao padrão de qualidade exigido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, órgão regulador vinculado ao Ministério da Saúde. Mais informações no site www.saovicentecuritiba.com.br.

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