MMV traz ao Brasil uma série de rótulos que contam a história e a tradição do país vizinho na produção de vinhos requintados.
Argentina e Chile são os primeiros países latinos que vêm à mente quando se pensa em vinhos requintados e de qualidade. Porém, existe outro país platino vizinho do Brasil que tem tradição, qualidade e vinhos exclusivos que muitas vezes passam despercebidos pelos consumidores brasileiros: o Uruguai.
A história dos vinhos no país “Hermano” data de muito tempo. A produção começou em 1600, com muita influência dos espanhóis, que representavam 90% da população da época. Porém, foi em 1870 que o Uruguai passou a ganhar uma identidade própria. Pascual Harriague plantou na região de Salto, Costa Oeste do país, as primeiras vinícolas de Tannat, uva oriunda do sul da França que é conhecida pelo alto teor de taninos que permite a produção de vinhos poderosos e com grande poder de guarda.
Assim como a uva Malbec é associada à Argentina e a Carménère ao Chile, a Tannat se tornou a “uva do Uruguai”, sendo, inclusive, por muitos anos, conhecida como “Harriague”, tamanha a importância do vinicultor na história de produção de vinhos do Uruguai.
“O casamento entre o uruguaio e o vinho Tannat tinha tudo para dar certo mesmo. Como esses vinhos são bem encorpados, eles são ideais para acompanhar carnes vermelhas, e o povo uruguaio é a nação que percentualmente mais consome carne no mundo”, diz Jonas Martins, sommelier e gerente comercial da MMV Importadora. Ele conta que um levantamento recente aponta que, em média, cada uruguaio consome 56 quilos de carne por ano.
A MMV, inclusive, recentemente, adicionou ao seu portfólio de vinhos uma série de rótulos uruguaios da vinícola Varela Zarranz, que tem mais de 130 anos de história. A vinícola preserva elementos patrimoniais da vitivinicultura uruguaia, em uma perfeita harmonia entre tradição e novas técnicas de produção. São mais de 100 hectares de plantio com uma série de uvas, como a já citada emblemática Tannat, assim como a Cabernet Sauvignon, cultivada desde o final do século XIX, a Cabernet Franc e a Merlot, além das uvas brancas, como a Chardonnay, a Sauvignon Blanc, a Viognier e, com exclusividade, a Muscat Petit Grain.
Entre os rótulos trazidos pela MMV, é claro, não poderia faltar o famoso Tannat. O Varela Zarranz Roble Tannat é, nas palavras do sommelier Jonas Martins, um “puro sangue” dos Tannats, remetendo à outra paixão dos uruguaios, os cavalos. De cor vermelha granada intensa, o vinho lembra aromas de frutas escuras e compota que se misturam à tosta e baunilha. Com taninos elevados, é um vinho com muita presença.
“Um dos nossos objetivos em trazer o Roble Tannat é aproveitar também o fato de que o churrasco uruguaio está em voga no Brasil. Eles têm todo um jeito diferente de assar a carne, com o uso de parrillas, cortes especiais e técnicas. E claro, para uma experiência completa, nada como um belo Tannat”, explica Martins.
Outro rótulo interessante é o Varela Zarranz Roble Marselan. Também originária do sul da França, essa uva teve uma adaptação fantástica no Uruguai. Apesar de permitir a produção de vinhos muito requintados, a Marselan é uma uva pouco conhecida em relação às outras uvas mais famosas. De cor vermelho-púrpura, o Roble Marselan é complexo ao nariz, em especial por conta das especiarias, como cravo, canela e pimenta, sendo marcante em boca e com taninos redondos. A garrafa será comercializada em torno de R$130,00 reais, o que é um ótimo custo-benefício.
Para contrastar um pouco com a pungência dos vinhos acima, o OMM Marselan Rosé é um achado da MMV. O rótulo da garrafa, inclusive, é uma alusão a uma mulher praticando Yoga, em referência ao equilíbrio e à leveza desse rótulo. Com aromas que lembram groselha, cranberry, morango, cerejas e um leve toque de caramelo, esse Rosé é muito vivo, com um frescor marcante. Mesmo com a alta do dólar, esse vinho chega ao cliente da MMV em torno de R$50,00 a garrafa, um preço muito atrativo.
“Queremos com o OMM Rosé trazer também essa nova faceta do Uruguai, que, apesar de ser um país pequeno, tem uma linda história na produção de vinhos”, ressalta Jonas Martins.