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Pagamento do 13º salário deve colocar R$ 233 bi na economia

Até dezembro de 2021, o pagamento do 13º salário tem o potencial de injetar na economia brasileira cerca de R$ 232,6 bilhões. Este montante representa cerca de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e será pago aos trabalhadores do mercado formal, inclusive aos empregados domésticos; aos beneficiários da Previdência Social e aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios. Cerca de 83 milhões de brasileiros serão beneficiados com rendimento adicional, em média, de R$ 2.539. As estimativas são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Do montante a ser pago como 13º, aproximadamente R$ 155,6 bilhões, ou 66,9% do total, irão para os empregados formais, incluindo os trabalhadores domésticos. Outros 33,1% dos R$ 233 bilhões, ou seja, cerca de R$ 77 bilhões, serão pagos aos aposentados e pensionistas. Considerando apenas os beneficiários do INSS, são 31,3 milhões de pessoas, que receberão R$ 45,4 bilhões. Aos aposentados e pensionistas da União serão destinados R$ 11 bilhões (4,7%); aos aposentados e pensionistas dos estados, R$ 15,8 bilhões (6,8%); e aos aposentados e pensionistas dos regimes próprios dos municípios, R$ 4,7 bilhões.

A parcela mais expressiva do 13º salário (49,3%) deve ser paga nos estados do Sudeste, região com a maior capacidade econômica do país e que concentra a maioria dos empregos formais e aposentados e pensionistas. No Sul devem ser pagos 17,2% do montante e no Nordeste, 15,4%. Já às regiões Centro-Oeste e Norte cabem, respectivamente, 8,5% e 4,8%. Importante registrar que os beneficiários do Regime Próprio da União receberão 4,7% do montante e podem estar em qualquer região do país. O maior valor médio para o 13º deve ser pago no Distrito Federal (R$ 4.541) e o menor, no Maranhão e Piauí (R$ 1.691 e R$ 1.729, respectivamente). Essas médias, entretanto, não incluem o pessoal aposentado pelo Regime Próprio dos estados e dos municípios, pois não foi possível obter esses dados.

Mercado formal

Para os assalariados formais dos setores público e privado, que correspondem a 49,8 milhões de trabalhadores, excluídos os empregados domésticos, a estimativa é de que R$ 154 bilhões serão pagos a título de 13º salário, até o final do ano. A maior parcela do montante a ser distribuído caberá aos ocupados no setor de serviços (incluindo administração pública), que ficarão com 63,1% do total destinado ao mercado formal; os empregados da indústria receberão 17,3%; os comerciários terão 13,4%; aos que trabalham na construção civil será pago o correspondente a 3,1%, mesmo percentual a ser recebido pelos trabalhadores da agropecuária.

Em termos médios, o valor do 13º salário do setor formal corresponde a R$ 3.087. A maior média deve ser paga aos trabalhadores do setor de serviços e equivale a R$ 3.607; a indústria aparece com o segundo valor, equivalente a R$ 3.147; e o menor ficará com os trabalhadores do setor primário da economia, R$ 1.922. O 13º na economia paulista A economia paulista deverá receber, até o final de 2021, a título de 13° salário, cerca de R$ 68,2 bilhões, aproximadamente 29,3% do total do Brasil e 59,5% da região Sudeste. Esse montante representa em torno de 2,5% do PIB estadual. A média de valores por pessoa é estimada em R$ 2.853. Segundo os cálculos, 22 milhões de pessoas devem receber o 13º no estado de SP. O número equivale a 26,4% do total que terá acesso ao benefício no Brasil. Em relação à região Sudeste, corresponde a 55,9%. Os empregados do mercado formal, celetistas ou estatutários, representam 66,8%, enquanto pensionistas e aposentados do INSS equivalem a 33,2%. O emprego doméstico com carteira assinada responde por 1,6%. Em relação aos valores que cada segmento receberá, nota-se a seguinte distribuição: os empregados formalizados ficam com 73% (R$ 49,8 bilhões) e os beneficiários do INSS, com 19,2% (R$ 13 bilhões), enquanto aos aposentados e pensionistas do Regime Próprio do estado caberão 5,4% (R$ 3,7 bilhões) e aos do Regime Próprio dos municípios, 2,4%.

CONTATO COM O COLUNISTA   pietrobelliantonio0@gmail.com

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