Neurociência aponta maior plasticidade do cérebro das pessoas bilíngues, que significa melhor adaptabilidade em diferentes circunstâncias, maior capacidade de concentração, autoconfiança, autocontrole e memória
Novos estudos na área da neurociência podem explicar o aumento impressionante da procura por escolas bilíngues – e a multiplicação dessas instituições na mesma velocidade. Isso porque os neurocientistas mostraram que a translinguagem proporcionada pelo bilinguismo é uma das melhores formas de desenvolver a plasticidade do cérebro, ou neuroplasticidade, que é a capacidade de mudança e reorganização dos neurônios de acordo com mudanças ambientais, experimentais, sociais e físicas. “Isso se deve, em grande parte, ao treinamento que nosso cérebro recebe ao alternar entre um idioma e outro ao decidir como se comunicar”, explica a coordenadora do Ensino Bilíngue do Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento do Colégio Positivo (CIPP), Ana Paula Teixeira.
Um estudo da Universidade de Stanford chamado Bilingual Brains revela que, por estimular a neuroplasticidade constantemente, crianças bilíngues têm maior habilidade de bloquear distrações, reter a atenção e priorizar, analisar, focar e organizar a informação. O neurocientista Andrea Mechelli, da University College London, mostra que falar duas línguas provoca mudanças anatômicas no cérebro, aumentando a densidade da massa cinzenta – e ainda: quanto mais cedo as crianças aprendem o segundo idioma e quando maior a proficiência, maior a massa cinzenta.
Em comparação com os monolíngues, as crianças bilíngues estudadas, que tiveram de cinco a dez anos de exposição bilíngue, alcançaram médias mais altas no desempenho cognitivo nos testes e maior foco de atenção, resistência à distração, tomada de decisão, julgamento e capacidade de resposta ao feedback. A neuroimagem correlacionada dessas crianças revelou maior atividade nas redes do córtex pré-frontal que direcionam essas e outras funções executivas que apoiam o comportamento orientado para metas, incluindo direcionamento do foco atento, priorização, planejamento, automonitoramento, controle inibitório, julgamento, memória de trabalho (manutenção e manipulação de informações) e análise.
Pesquisas na Universidade de Cambridge aumentam as evidências de que bilíngues têm vantagem em habilidade cognitiva, interação social e habilidades de comunicação. No Brasil, o Colégio Positivo conta com ensino bilíngue em 14 unidades no Paraná e em Santa Catarina. “Além de todos os benefícios cognitivos, o ensino bilíngue desperta nos alunos a sensibilidade intercultural, ampliando as perspectivas desses alunos, favorecendo que saibam se colocar no lugar do outro, entendendo melhor a sua própria realidade, seus valores, suas crenças e percebendo a realidade do outro como algo a ser visto com menos estranheza, e mais aceitação”, revela a coordenadora.
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Sobre o Colégio Positivo
O Colégio Positivo compreende oito unidades na cidade de Curitiba, onde nasceu e desenvolveu o modelo de ensino levado a todo o país e ao exterior. O Colégio Positivo – Júnior, o Colégio Positivo – Jardim Ambiental, o Colégio Positivo – Ângelo Sampaio, o Colégio Positivo – Hauer, o Colégio Positivo – Internacional, o Colégio Positivo – Água Verde, o Colégio Positivo – Boa Vista e o Colégio Positivo – Batel atendem alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, sempre combinando tecnologia aplicada à Educação, material didático atualizado e professores qualificados, com o compromisso de formar cidadãos conscientes e solidários. Em 2016, o grupo chegou em Santa Catarina – onde hoje fica o Colégio Positivo – Joinville e o Colégio Positivo – Joinville Jr. Em 2017, foi incorporado ao grupo o Colégio Positivo – Santa Maria, em Londrina (PR). Em 2018, o Positivo chegou a Ponta Grossa (PR), onde hoje está o Colégio Positivo – Master. Em 2019, somaram-se ao Grupo duas unidades da escola Passo Certo, em Cascavel (PR), e o Colégio Semeador, em Foz do Iguaçu (PR). Em 2020, o Colégio Vila Olímpia, em Florianópolis (SC), passou a fazer parte do Grupo. Em 2021, com a aquisição da St. James’ em Londrina (PR), o Colégio Positivo passa a contar com 17 unidades de ensino, em sete cidades, no Sul do Brasil, que atendem, juntas, aproximadamente 16 mil alunos desde a Educação Infantil ao Ensino Médio.