Trabalho remoto X presencial: a grande “batalha” entre chefes e colaboradores?

Um marco na nossa história recente aconteceu dia 08 de novembro de 2021 quando o estado de São Paulo não registrou nenhuma morte por COVID-19. Resultado direto da vacinação em massa e das medidas de distanciamento social, essa foi a primeira vez que os óbitos foram zerados desde a primeira morte registrada no estado pela doença no começo da pandemia em março de 2020.

Essa conquista já está gerando confiança e mais liberdade para a aguardada volta ao trabalho presencial nos escritórios que passaram a conviver com decretos e bandeiras que determinavam quem poderia abrir suas portas e quem deveria se adaptar. Será que todos estão ansiosos em voltar às suas rotinas, mesmo que seja em formato híbrido? Não é bem assim.

O cenário está um pouco dividido e isso aparece bem claro na pesquisa divulgada pelo Slack envolvendo 10 mil profissionais de países como Estados Unidos, Alemanha, Japão e Reino Unido:

“Interessante notar que 44% dos chefes gostariam de voltar a trabalhar diariamente de forma presencial. Quando olhamos o número de colaboradores que desejam voltar para a rotina de escritório, esse número cai drasticamente para 17%” aponta Eliane Catalano, Coordenadora de Recrutamento e Seleção da RH NOSSA.

Com relação ao modelo híbrido, 75% dos chefes voltariam ao trabalho presencial por, pelo menos, três vezes por semana – ideia apreciada por apenas 34% dos colaboradores.

O que gera este impasse?
Para Catalano, a principal diferença é que os colaboradores tomaram contato com o trabalho em suas residências, sem precisar enfrentar trânsito – seja de carro, moto ou ônibus lotado – evitando a possibilidade de ser assaltado no trajeto até o escritório:

“A comodidade melhorou. A pessoa pode almoçar com seus familiares, sem gastar com restaurantes, passaram a ter flexibilidade de horários e, outro fator relevante, tivemos investimentos em computadores, câmeras e internet de alta qualidade. E todos estão acostumados com este novo modelo, portanto para o colaborador faz todo sentido permanecer no trabalho remoto”  reflete Catalano.

Como resolver este dilema?
A coordenadora de recrutamento e seleção entende que, no modelo ideal, cada empresa entende o perfil de seus colaboradores e analisa se, de fato, esta volta ao presencial precisa ser feita em sua totalidade.

Os funcionários querem flexibilidade, então pode acontecer o sistema híbrido ou adotar alguma rotina de reuniões presenciais vez, ou outra, por exemplo:

“Muitos negócios resolveram permanecer no trabalho remoto, portanto o risco de perder um profissional para a concorrência é enorme. A mesma pesquisa mostra que 76% dos entrevistados afirmam desejar flexibilidade em onde eles trabalham, e 93% querem flexibilidade quando trabalham. Passou a ser um benefício e as empresas precisam criar  políticas com seus horários e espaços de trabalho” completa a especialista.

 

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