WRY olha para o futuro com nostalgia em seu recém-lançado sétimo álbum de estúdio “Reviver”. O trabalho reúne faixas que fazem parte do repertório da banda, mas nunca haviam sido lançadas oficialmente nas plataformas digitais. Nessa viagem de se redescobrir, o grupo revisitou arquivos e de uma fita de vídeo do fim dos anos 90 surge o vídeo para “Campo Profundo”. A faixa é um mantra em forma de shoegaze e ganha tons de sonho ao apresentar um olhar quase poético para uma Paris e Londres do passado.
“Não sei se é a história do WRY, se é a pandemia ou a idade mesmo que não perdoa ninguém, mas durante o último ano me senti muito nostálgico, comecei a organizar fotos que estavam espalhadas em caixas nas casas de familiares, clippings da banda, digitalizar vídeos de DVD e VHS e reviver momentos passados com amigos em conversas por vídeo. Com tudo isso na cabeça, e percebendo também que o próprio significado da palavra nostalgia parecia ter mudado, tornado algo positivo hoje em dia, com produções musicais, áudio-visuais e filtros de stories que remetem ao passado sem parecer datado, eu achei que seria uma boa ideia editar um dos vídeos perdidos que eu não via desde 1999, filmado quando fiz uma a viagem a Londres e Paris com minha namorada, anos antes do próprio WRY se mudar pro Reino Unido. Acho que as imagens de inocência, com um futuro imenso pela frente, combinaram com o tom épico da faixa ‘Campo Profundo’”, resume Mário Bross (vocal, guitarra e synth) Além dele, WRY conta com Luciano Marcello (guitarra e backing vocal), William Leonotti (baixo e backing vocal) e Ítalo Ribeiro (bateria e backing vocal).
O novo disco vem para somar à trajetória de WRY, banda atuante na cena nacional e que já viveu em Londres entre 2002 e 2008, onde tocou com The Subways, The Cribs, Ash e The Joy Formidable. Também trabalhou com Tim Wheeler (Ash) e Gordon Raphael (The Strokes). No Brasil, tocaram com diversas bandas importantes como Make Up, Superchunk, Ira!, Inocentes, Jota Quest e Júpiter Maçã. Passaram por festivais como o goiano Bananada (2017) e o espanhol Primavera Sound (2015), fizeram uma mini turnê em Portugal, e também retornaram a Liverpool e Londres, tendo todos os ingressos vendidos no prestigiado The Lexington.
Em 2020 lançaram o disco “Noites Infinitas”, o qual entrou em dezenas de listas de melhores do ano, top 10 de vários programas de rádios brasileiras e norte-americanas e levou o prêmio Dynamite de Melhor Lançamento Indie de 2020.
Além do trabalho mais recente, os músicos trazem na discografia “She Science” (2009), “National Indie Hits” (2008), “Flames in the Head” (2005), “Heart-Experience” (2000) e “Direct” (1998), além de três EPs e diversos singles.
“Por mais que nos sentimos alienígenas, seja no Brasil como uma banda de rock ou na Inglaterra como uma banda brasileira de rock, sempre tivemos orgulho de nossa música. Ao longo dos anos, lançamos discos e EPs, porém um punhado de canções acabou não dialogando com alguns de nossos próprios momentos ou não tiveram a atenção devida. O objetivo do novo álbum é o resgate, a reciclagem da arte e mostrar o poder atemporal que a música pode ter”, conta Mário.
Agora, WRY está pronto para a próxima fase de sua trajetória. “Reviver” já está disponível nas principais plataformas de streaming.