Início Vida e Saúde Exames moleculares podem ajudar no diagnóstico do câncer de pele

Exames moleculares podem ajudar no diagnóstico do câncer de pele

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O câncer está entre as quatro principais causas de morte antes dos 70 anos na maioria dos países, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Em nosso país tropical, o câncer de pele recebeu um cuidado especial, com a criação do Dezembro Laranja, campanha criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Por que laranja? Justamente pela cor laranja remeter ao sol e ao tom dos corpos bronzeados.

O câncer de pele pode ser classificado em dois tipos: câncer de pele não melanoma, que compreende o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular, e o câncer de pele melanoma. O carcinoma basocelular é o tipo mais comum entre os três e também o menos agressivo, enquanto o melanoma é o tipo mais raro, porém mais agressivo. Responsável por cerca de 80% dos cânceres de pele não melanoma, o carcinoma basocelular tem como fator de risco a exposição aos raios ultravioleta.

O câncer de pele melanoma é uma doença caracterizada pela formação de células malignas a partir dos melanócitos, células responsáveis pela nossa cor de pele. Costuma ser mais incidente na pele e mucosas. Uma das características do melanoma é apresentar lesão pigmentada, assimétrica, de bordas irregulares, múltiplas cores, que pode evoluir com ulceração e sangramento. É um tipo de câncer bastante agressivo e que tem prognóstico considerado desfavorável, porém, vale salientar que quando diagnosticado precocemente, apresenta altas taxas de cura. Os fatores de risco são a exposição à radiação ultravioleta, fototipos baixos, histórico familiar de primeiro grau (pai, mãe), síndrome do nevo displásico e genodermatoses, como xeroderma pigmentoso.

A geneticista Meire Batistela, coordenadora do Setor de Oncologia Molecular do Mantis Diagnósticos Avançados, cita que a base genética para o câncer de pele é pouco conhecida, mas que já é sabido que existem mutações genéticas hereditárias envolvidas no chamado melanoma familiar, que tem prevalência em 5% a 12% dos melanomas. “É recomendado a quem já teve ou tem um familiar de primeiro grau com melanoma, que se faça um exame molecular para ver se há a predisposição para o desenvolvimento desse tipo de câncer, como o Painel de Câncer Hereditário ou o Painel de Câncer Hereditário Expandido que pode ser realizado no Mantis”.

Exames moleculares – painéis hereditários

O exame molecular chamado Painel de Câncer Hereditário avalia as principais síndromes genéticas associadas ao câncer hereditário. Nesse exame são analisados 37 genes já previamente associados a diversos tipos de câncer. Para se fazer o exame, basta uma amostra biológica do sangue ou da saliva. A técnica utilizada é o Sequenciamento de Próxima Geração – NGS.

O Painel de Câncer Hereditário Expandido avalia 264 genes. Este exame conta com uma abordagem ampla que possibilita uma análise detalhada de marcadores relacionados à predisposição genética ao câncer. Para ser feito pode se usar uma amostra biológica do sangue periférico ou da saliva. Nesse tipo de exame molecular também é utilizado o Sequenciamento de Próxima Geração – NGS –, técnica que faz sequenciamento de DNA e RNA automatizado, paralelo e de alto rendimento.

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