Com a pandemia, boa parte da população mundial passou a ter uma vida como a dos Jetsons. Os mais novos talvez não conheçam a série norte-americana de desenho animado da década de 60 e exibida no Brasil nos anos 80, que retratava o cotidiano de uma família no futuro da humanidade.
Agora, já virou normal videoconferências com o chefe e a equipe de trabalho; assistir a aulas de diferentes áreas e níveis de ensino e até de fazer ginástica com o auxílio da telinha; e passar por uma consulta médica pelo celular também não é mais novidade.
Isso sem mencionar a evolução de processos, como o de fazer compras, por exemplo. Se antes boa parte da população só comprava eletrônicos e livros pela internet, hoje tudo mudou. Agora, com alguns cliques, você pode até receber o pão na porta da sua casa.
Diante desse novo cenário, você já parou para pensar qual será o papel do ser humano em uma sociedade cada dia mais digital e online? Caso ainda não o tenha feito, sugiro que reflita e também se posicione não apenas ao que se refere à adoção de tecnologias, mas como também como se tornar parte delas.
Perceba que não se trata aqui de tentar acompanhar a velocidade das inovações, mas sim de adaptar-se a elas de uma forma complementar e simbiótica. Acredito que para quem ainda não havia refletido sobre como o processo de “digitalização” da vida impacta a forma como consumimos, nos relacionamos e trabalhamos. O que acabei de colocar pode assustar um pouco.
Mas o fato é que não existe mais espaço para a desconfiança digital e não dá para voltar atrás. A pandemia apenas acelerou a modernização (forçada em alguns casos) de empresas que precisaram se reinventar e adotar ferramentas para sobreviver no mercado.
Logo, é de se imaginar que para o próximo ano os principais desafios, tendências, transformações e, até mesmo oportunidades, continuem a fluir por este caminho sem volta: a tecnologia. É a partir dela que as empresas conseguem criar diferenciais competitivos nos mais diversos setores (internos e externos), no relacionamento com consumidores, na gestão financeira, RH, TI, marketing, vendas, assim por diante.
E é a tecnologia que sustenta também a transformação digital na qual estamos todos inseridos na contemporaneidade. Olha que dado interessante e sintomático, de acordo com a pesquisa Previsões da Transformação Digital Mundial para 2021 do Tendências da International Data Corporation (IDC), o investimento em transformação digital ainda crescerá com uma taxa anual aproximada de 15,5% até 2023, o que deve representar US$ 6,8 trilhões. Na prática, isso quer dizer que em 2022, 70% de todas as empresas terão acelerado o uso de tecnologias digitais.
Os pontos colocados ajudam a entender o movimento “natural” do mercado no que diz respeito ao que se pode esperar a curto e médio prazo. No entanto, é necessário, aprofundar nos aspectos disruptivos dessa transformação para, de fato, compreender quais serão os desafios e tendências para 2022.