Inovações se consolidam na rotina dos profissionais, levando segurança e precisão às ações
A adoção de ferramentas tecnológicas é uma realidade na área da saúde. Há tempos, novos procedimentos, exames, cirurgias, tratamentos e intervenções dos mais variados tipos são possíveis por conta da aplicação de inovações técnicas, mecânicas e informacionais que dão condições para que médicos e profissionais de todos os campos do setor trabalhem com mais precisão e segurança. E, num contexto de dúvidas sobre o surgimento de novas variantes do coronavírus, que alimentam um temor de que seja necessária a volta da imposição de mais restrições sociais, a tecnologia desponta como arma para que o combate à covid-19 seja mais efetivo e tenha resultados promissores e duradouros.
Um exemplo de sucesso é o monitoramento da transmissão da doença pelo aplicativo Trace Together, implementado pelo governo de Singapura. Na tentativa de reduzir a propagação do vírus – que, de fato, mostrou efetividade – a ferramenta realiza um monitoramento das ações da população, rastreando as possíveis origens e caminho traçado pela doença de pessoa para pessoa. Ele funciona de forma simples, por meio de bluetooth ativado voluntariamente nos celulares, mostrando as interações do paciente infectado. Com os dados, os médicos conseguem identificar e notificar todas as pessoas expostas ao vírus, o que tem resultado, desde o início da pandemia, em um número muito reduzido de casos naquele país.
Outra ilha, Taiwan, tem na sua capital Taipei um outro exemplo de como a tecnologia se mostra como uma das principais armas contra a covid-19. A principal medida local foi alimentar um banco de dados de seguro de saúde, integrando-o ao conjunto de informações de imigração e alfândega, para criar uma estrutura de Big Data que permite análises com base no histórico de viagens e nos sintomas clínicos para auxiliar na identificação dos casos e na forma de disseminação do vírus, além de classificar os riscos infecciosos dos viajantes de acordo com sua origem e locais por onde passaram. Um efeito prático foi o de que, no auge da propagação do vírus, Taiwan atingiu em outubro de 2020 a incrível marca de 200 dias consecutivos sem um caso sequer da doença transmitido localmente.
Os benefícios da tecnologia na saúde não se limitam ao combate ao coronavírus. Já são conhecidos o desenvolvimento do aplicativo do Google, movido a inteligência artificial, que indica a necessidade de consulta ao dermatologista em caso de suspeita de câncer de pele, bem como a evolução de aplicativos que monitoram os sinais vitais de portadores de asma durante a prática de exercícios físicos (e que se conectam diretamente ao software médico do cardiologista). No Brasil, a área da anestesiologia conta com um aplicativo consolidado e que já vem sendo utilizado pelos maiores hospitais e centros cirúrgicos do País. O AxReg, desenvolvido pela Anestech, reconhecido e premiado como referência em inovação por toda a área médica nacional, reúne a ficha anestésica e o plano operatório do paciente de forma totalmente digital, melhorando o fluxo de trabalho do anestesiologista e oferecendo uma gestão de dados de alta performance.
“A tecnologia transforma a energia de trabalho em informação, em dados. Tudo que pode ser medido pode ser melhorado e aperfeiçoado. Ao integrar o AxReg em nossos serviços, passamos a medir tudo e, consequentemente, aperfeiçoar nossos processos”, afirma Dr. Paulo Henrique, médico anestesiologista, com MBA em finanças e CEO do Grupo ASA de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
“O aplicativo realiza a integração, rastreamento, análise e entrega de dados ao profissional em tempo real dentro da sala de cirurgia. Para o anestesiologista, responsável por dosar a quantidade de fármacos necessária em cada etapa de uma operação – momento em que tem que colher informações sobre o estado do paciente enquanto usa sua capacidade preditiva para antecipar as próximas intervenções necessárias para que ele não sinta dores – a adoção de tecnologia é fundamental para a segurança do procedimento, que não oferece margem de erro”, afirma Diógenes Silva, CEO da Anestech.
Segundo o executivo, a inteligência artificial adotada pelo AxReg é um artifício que permite que o profissional se concentre nas necessidades do paciente, sem ter que dividir o foco com o cruzamento dos dados, já que o volume de informações a que o anestesiologista está submetido durante a cirurgia é muito alto.
A inteligência artificial tem sua presença estabelecida na área da saúde, desde o momento do diagnóstico até a realização dos tratamentos mais impensáveis, percorrendo inclusive as áreas administrativas (com o tratamento de dados e prontuários dos pacientes pelos hospitais), passando pela automatização de procedimentos e dispositivos, análise de imagens de exames e até o monitoramento de pacientes e a entrega de receitas. As perspectivas para 2022 são de expansão desses recursos, tornando mais eficaz cada intervenção médica: “As novas tecnologias entram na rotina médica como parceira dos profissionais, ajudando-os a tomar decisões mais acertadas, em especial nos momentos mais críticos e de maior tensão, que exigem a análise de uma quantidade enorme de informações que um ser humano, sozinho, seria incapaz de realizar”, opina Diógenes Silva.