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Crise hídrica e alta na conta de luz ainda é preocupante para o empresário brasileiro

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Monitoramento energético é a saída para minimizar os gastos com as tarifas de luz

 

Alguns estados iniciaram 2022 sofrendo com fortes chuvas, já outros com a seca. As altas temperaturas no Sul do país, levam a uma estiagem com perdas que devem passar da casa dos 19 bilhões para o agronegócio. Somente no Rio Grande do Sul, 209 municípios decretaram emergência. A cada dia de calor, com baixa umidade e falta de chuvas, os danos são expressivos, não apenas para o agronegócio, como para a saúde e para o agravamento da crise hídrica / energética.

Para o consumidor, seja pessoa física ou jurídica, a conta de luz deverá pesar ainda mais em 2022 por conta de um decreto publicado pelo Governo. Como a escassez hídrica é contínua, a bandeira tarifária perdurará, com isso, a conta ficará mais cara em 2022.

O decreto publicado pelo Governo Federal permite que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) defina empréstimos para as distribuidoras de energia. Para o governo a medida visa amenizar as perdas com a falta de chuvas em 2021, mas o impacto será maior para os consumidores de energia.

Rodrigo Lagreca, CEO da Energia das Coisas

Para o CEO da startup Energia das Coisas, Rodrigo Lagreca, ainda dá tempo para as indústrias e empresas trabalharem para minimizar o efeito do aumento da tarifa de luz nas contas mensais. “A crise hídrica é uma realidade e consequentemente afeta a geração e distribuição de energia elétrica. A conta aumentou para todos, o que pode ser realizado nesse momento é o monitoramento elétrico, verificando pontos que estão desperdiçando energia bem como maquinário que necessita de manutenção ou troca para reduzir as perdas energéticas”, explica Lagreca.

“Sem dúvida alguma 2022 é preocupante no que se refere aos custos de energia, bem como os riscos – que ainda não desapareceram, mesmo diante as fortes chuvas – da descontinuidade da crise elétrica, e por consequência a possibilidade de apagões, devido a falta de aperfeiçoamento da distribuição de energia pelo país”, aponta Lagreca. Em relação aos apagões, o executivo explica que já estão sendo tomadas medidas para mitigar os riscos, com projetos de pequenas hidrelétricas, investimentos em geradores de energia solar e eólica.

Fato é que a conta de luz é uma das principais despesas das empresas, por isso, entender os fatores que tem impacto sobre o preço pode fazer a diferença no orçamento. A origem da crise energética vem de fatores climáticos, mas também de falta de investimentos em transmissão de energia. Em 2020, tivemos a crise energética do Amapá, causada por condições extrema climáticas e falta de planejamento e contenção. “Uma chuva forte causou um incêndio que comprometeu três transformadores na subestação, atingindo 13 das 16 cidades do estado, gerando um grande apagão”, relembra Lagreca.

Num provável corte energético precisaremos avaliar as consequências dessa ação. “Teremos perdas nas residências e dentro das empresas. Perdas de eletrodomésticos e de equipamentos”, explica Rodrigo. “Por exemplo, uma geladeira, que é um equipamento sensível, com a variação de tensão que acontece quando temos um corte, há uma probabilidade maior que ela queime, pois foi interrompido o fornecimento de energia. Com isso, precisamos imaginar um cenário maior, abrangendo diversas cidades onde os eletrodomésticos serão ligados e desligados com uma frequência”, avalia.

“É uma ferramenta que possibilita o engajamento do consumidor, pois a cada ato que o usuário faz, como por exemplo ligar o ar-condicionado, o monitor acusa esse aumento de carga. Essa resposta rápida que o equipamento proporciona permite o envolvimento e o entendimento que os impactos que isso causa, gerando assim o consumo consciente e o menor desperdício de energia elétrica”, aponta.

Segundo Lagreca, para as empresas é uma excelente alternativa e a redução podendo ter uma economia de 10% a 30% ou mais, dependendo do seu engajamento nas ações de eficientização escolhidas. “O mais importante, além da economia propriamente dita, é o consumo inteligente que os colaboradores passam a executar, além de aprender conceitos de eletricidade e aprender os benefícios de comprar equipamentos corretos que possuam o selo PROCEL”, explica. “Além do que, com o aplicativo, o consumidor passa a entender quanto custa o tempo do uso do de uma determinada máquina, o custo de se manter o ar-condicionado ligado. Quanto mais acompanhar o consumo e notificar o sistema, mais inteligente o monitoramento se tornará e mais ajustado a interpretar o consumo”, enfatiza.

Essas possibilidades, há pouco tempo tidas como um futuro intangível, já são realidade, e chegaram em um momento que não poderia ser mais providencial. Segundo o empresário, as tecnologias desfarão o último mito da energia: a invisibilidade. “A partir de agora, ela poderá ser visualizada, rastreada e controlada. É necessário que reinventemos nossos próprios conceitos e crenças não só sobre energia, mas sobre a água também”, ressalta. Segundo ele as contas de energia irão aumentar, e junto os custos das empresas, nossa competitividade será ameaçada. “Há caminhos para mitigar esses riscos e quem primeiro se movimentar, terá vantagem nessa disputa. A hora de mudar é agora!”, finaliza.

 

 

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