O escritório PB Arquitetura, com experiência nesse tipo de solicitação, traz dicas importantes para garantir a segurança e o conforto dos moradores
Para quem vive em uma casa ampla e de vários andares, mora com idosos ou pessoas com dificuldades de locomoção, ou simplesmente busca maior conforto e praticidade, uma boa alternativa é investir na instalação de um elevador residencial. No entanto, esse tipo de equipamento requer um estudo prévio do imóvel, assim como uma pesquisa a respeito do modelo mais adequado. Com vivência em projetos com esse perfil, os arquitetos Bernardo e Priscila Tressino, do escritório PB Arquitetura, esclarecem as principais dúvidas sobre o assunto e dão dicas importantes para quem está pensando em aderir a essa comodidade.
Primeiros passos
Antes de tudo, é fundamental que a casa passe por uma avaliação estrutural para garantir a segurança de todos. Depois disso, é necessário que o projeto seja feito por um profissional da área de arquitetura ou de engenharia. “Dessa forma, será especificado o modelo de elevador ideal para cada caso, seguindo todas as normas de segurança e visando o melhor custo-benefício”, conta Priscila Tressino.
Decisão
É necessário considerar o tipo de elevador para cada caso. Por isso, uma série de variáveis deve ser considerada antes: Se trata de uma construção nova ou já existente? Qual o número de paradas (andares)? Qual o valor de investimento que o cliente pode custear? Quais as necessidades / dificuldades dos moradores? Tendo essas informações em mãos será mais fácil escolher. Nesse sentido, o mercado oferece desde plataformas elevatórias até elevadores pneumáticos, ou a vácuo.
Medidas
Atualmente, os elevadores mais compactos (para até 4 pavimentos) atendem a maioria das residências. Segundo os profissionais, a cabine de um elevador (para duas pessoas de pé) deve ter, pelo menos, 1,15m x 1,15m. Caso seja necessário transportar uma cadeira de rodas essa medida muda para 1,35m x 1,45m (no mínimo).
Além disso, uma série de características precisa ser levada em conta na hora da construção ou reforma do imóvel. O pé direito do último andar deve ter, pelo menos, 2,70m para comportar a instalação. Já a medida do poço é variável de acordo com o modelo. Portanto, sempre busque especialistas para essa análise
Diferenças
Muita gente tem dúvidas a respeito das diferenças entre os modelos dos edifícios e das residências. “Os elevadores de prédios costumam ser elétricos de contrapeso. Tem maior quantidade de paradas e atingem alturas maiores. Os elevadores residenciais não precisam ser tão altos, nem tão grandes, pois não serão ocupados por muitas pessoas ao mesmo tempo”, conta Bernardo Tressino.
Cuidados
Assim como toda máquina, o elevador residencial necessita de cuidados no dia a dia. Por isso, os profissionais indicam não apertar várias vezes o botão de chamada, ter cautela com crianças e animais domésticos para evitar acidentes, além da realização da manutenção no tempo estipulado pelo fabricante. Tal prazo pode variar de acordo com o modelo, mas geralmente, o ideal é realizá-la mensalmente.
Regulamentações
No caso das regras referentes ao uso e manutenção de elevadores, a legislação é municipal, porém todas seguem as normativas da ABNT. No caso específico de São Paulo se refere a lei 10.348. Por isso, o recomendado é pesquisar mais sobre o que diz a regulamentação da cidade em que o imóvel foi construído.
Valores
De acordo com os arquitetos, o equipamento possui várias faixas de preços, portanto pode custar de R$ 40 mil a R$ 80 mil (preço médio), dependendo do número de andares e do modelo. “Os elevadores hidráulicos são os mais procurados, pois consomem menos energia e têm pouca manutenção”, aconselham.
Valorização
Apesar do preço elevado, os profissionais recomendam esse tipo de instalação “Além da comodidade e agilidade na locomoção interna, um elevador residencial valoriza muito a venda de um imóvel posteriormente”, completam.