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Rede de esgoto é principal vítima do óleo descartado irregularmente

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Esta semana, a concessionária BRK, empresa responsável por serviços de esgotamento sanitário em Blumenau, Santa Catarina, alertou a população sobre problemas causados pelo descarte irregular de resíduos como óleo vegetal na rede de esgoto no município.  Mesmo a rotina preventiva realizada diariamente na limpeza das redes não está sendo suficiente para a manutenção de toda a rede sem problemas. 

Somente em 2021 a empresa limpou 146 quilômetros de redes, 2,5 quilômetros a mais de tubulações que tiveram manutenção em 2020, além de 473 atendimentos motivados por ocorrências de entupimentos por resíduos  – muitos destes envolvendo restos sólidos como fio dental, papel, brinquedos, latinhas de cerveja, absorventes e peças plásticas que se juntam com óleo vegetal nas tubulações. Na média, representou quase 20 casos por mês. 

Em cidades maiores, esse problema tende a ser mais grave e, é por este motivo que a reciclagem de óleo já é um começo interessante para evitar problemas nas redes de saneamento básico urbano:

“Esse é um problema conhecido há muito tempo pela população, porém o custo dele fica “escondido” sob a forma de tarifa na conta de água, ou seja, vem distribuído entre quem polui e quem cuida da sua cidade. Quando acontecem os entupimentos de rede ou as enchentes, o problema se torna visível e muita gente tende a colocar a culpa na concessionária de tratamento de água. Entretanto, esse problema não foi ocasionado por ela, mas sim por pequenas atitudes diárias de pessoas irresponsáveis” explica Vitor Dalcin. Diretor Executivo da Ambiental Santos.

Matemática do óleo jogado fora.
Além de custar muito caro, este processo de limpeza e manutenção pode atrapalhar o trânsito e gera mais resíduos físicos com o transbordamento em vias públicas, perigo para o meio ambiente além do local se tornar solo fértil para insetos e roedores causadores de doenças:

“Se considerarmos uma cidade como Blumenau, se todas as famílias despejassem mensalmente na rede de esgoto “apenas” 20 ml de óleo (um copinho de café), o volume descartado irregularmente chegaria facilmente a duas toneladas de gordura, o que certamente vai causar o entupimento do melhor sistema coletor de esgoto” completa Vitor.

Para que as tubulações não sejam afetadas pelo óleo a ponto de causar transtornos, existem algumas práticas que podem ser adotadas. O óleo de fritura usado precisa ser armazenado em garrafas plásticas para a reciclagem adequada, devidamente vedada e sempre sob os cuidados de uma empresa responsável e tenha todas as licenças obrigatórias.

 

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