No dia delas, conheça mulheres que atuam e fazem a diferença em diversos setores no mercado de trabalho

No dia delas, conheça mulheres que atuam e fazem a diferença em diversos setores no mercado de trabalho 

“Lugar de mulher é onde ela quiser”. A frase, conhecida cada vez mais mundialmente, nunca fez tanto sentido quanto agora. O público feminino vem, a cada dia, conquistando mais espaços, em especial aqueles que até então ainda eram pouco explorados por elas. Além disso, alguns bastante conhecidos e consolidados pela atuação das mulheres também são de suma importância e comprovam que a conquista feminina é permanente. Confira abaixo histórias profissionais em que elas são protagonistas.

Seis milhões de profissionais mulheres na saúde

Uma das maiores operadoras de saúde do Paraná, a Paraná Clínicas, possui em seu quadro funcional mais de 350 mulheres. Legitimando a pesquisa do IBGE de 2020, que apresenta a área da saúde com o protagonismo feminino, contando com mais de seis milhões de profissionais tanto na rede pública quanto privada.

Juliane Poitevin, gerente de marketing da Paraná Clínicas, empresa do Grupo SulAmérica, atua na área de saúde há 6 anos e comenta que a participação feminina é significativa em áreas como essa. “Acredito que a mulher consegue atender as demandas de todas as áreas e segmentos. A saúde é algo que exige de nós sensibilidade, atenção, cuidados, mas, principalmente, um raciocínio rápido e eficaz. Tenho em minhas mãos a função de comunicar, da melhor maneira possível, tanto formas de prevenção, quanto alertas, e sempre busco pensar como receberia aquelas informações e as melhores maneiras de tratar de temas sensíveis, para que possamos promover a conscientização sobre temas relevantes. Acredito que esse é o nosso propósito”, destacou.

Na educação, 81% dos docentes são mulheres 

Há cada ano, a data ganha novos significados e celebra a representatividade da mulher na sociedade. Sob este olhar, mulheres, mães, tias, avós, professoras, orientadoras, recepcionistas, secretárias e todas outras profissionais que dividem o ambiente escolar, buscam dar o seu melhor e são inspirações para os seus alunos e famílias. De acordo com dados do Censo Escolar realizado em 2020, elas são 81% dos docentes de escolas regulares, técnicas e EJA, e representam 96% dos professores da educação infantil, 88% e 67% nos ensinos fundamental I e II e 58% no médio.

Débora Brosch Garcia Paes é gerente administrativa no Colégio Stella Maris, unidade Juvevê, desde 2011. Ela é a responsável pelo atendimento às famílias dos alunos, aqueles que já estão e aqueles que vão iniciar no colégio. “Estar à frente do atendimento das famílias é uma forma de sempre ser uma pessoa melhor, buscar e emanar luz e aprendizado. Pois, cada um de nós, tem que se permitir crescer pelas suas e pela experiência dos outros”, afirma Débora.

Já no Colégio Acesso, a professora de língua portuguesa, redação e gramática, Virginie Isber está todos os dias em sala de aula, seu trabalho reflete nas escolhas para o futuro dos seus alunos. ENEM, vestibular ou até mesmo para outros concursos, Virginie é a protagonista no preparo para a redação. Acolhe, dá dicas, participa a fundo da vida de cada um. Em suas redes sociais, vibra com cada conquista, compartilha e se orgulha como se fossem seus filhos. “O trabalho do docente vai muito além da sala de aula, ele é marcado pelo caráter emocional, interativo e reflexivo. Precisamos conhecer minimamente a história de vida de cada um deles, pois precisamos estar preparados para lidar com situações adversas, visto que, cada aluno tem características, contextos familiares e sociais diferentes”, relata Isber. Segundo seus alunos, o ponto forte da professora “Vivi”, como é carinhosamente chamada, é que, acima de tudo, ela é humana e acredita no potencial de cada um. “A professora Vivi não julga, ela constrói, desde o primeiro dia de aula, uma relação de confiança, respeito e afetividade com a gente, sabemos que podemos contar com ela para o que for”, Laura Conradi Pacheco, do Acesso Boqueirão, Segunda Série do Ensino Médio.

Explorar e conquistar novas áreas também é com elas

A ciência e inovação ainda são uma área majoritária masculina. Não no caso da Mondelez Brasil, em que 47% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres e a expectativa é de quem 2022, esse número chegue a 50%. A iniciativa promove o avanço em diversidade, inclusão, representatividade e pertencimento em todas as áreas em que atua no país. Como exemplo da constante preocupação da companhia em promover a diversidade, equidade e inclusão é a história de Silvana Clara, responsável pela área de ciências analíticas do centro de tecnologia da Mondelēz Brasil e atua na validação analítica dos produtos, metodologias analíticas para implementação em fábricas. Além disso, o Centro de tecnologia da Mondelez Brasil, localizado em Curitiba, é composto 75% por mulheres. “Promover a equidade de gênero é uma das prioridades da Mondelēz Brasil. Estamos trabalhando cada vez mais para que nossas ações e ativações sejam diversas e inclusivas. Hoje, com orgulho, posso dizer que 47% de mulheres estão em cargos de liderança, a partir de gerente. Ainda não é o que podemos e queremos alcançar, mas isso reforça que estamos no caminho certo. Tivemos um avanço e vamos continuar atuando para atingir a meta de 50%, conta Betina Corbellini, Vice-Presidente de Recursos Humanos da Mondelēz Brasil.

Entre as resoluções já adotadas pela companhia estão equidade salarial, licença maternidade estendida, incluindo casais homoafetivos, banco de talentos exclusivo para Mulheres, programa de aceleração feminina, mentorias, políticas de acolhimento entre outros. Além disso, a empresa é Signatária do WEPs, iniciativa da ONU em prol da equidade de gênero e do empoderamento feminino.

Na Bourbon Hotéis e Resorts, de nove departamentos, cinco são liderados por mulheres. Patrícia Dib, head de marketing, afirma que este equilíbrio é muito importante e reforça o papel feminino no mercado. “A presença da mulher na hotelaria contribui para fomentar o espírito acolhedor no ato de receber e servir bem. A empatia e a atenção aos detalhes são  bem fortes nas mulheres e agregam bastante à experiência do hóspede. Além disso, a flexibilidade, jogo de cintura, planejamento, atuação multitarefa e capacidade para reagir a imprevistos são pontos que acabam fazendo a diferença na gestão.”

Mulheres no mercado imobiliário

Até o ano de 1958 havia uma lei que proibia as mulheres de trabalhar como corretora de imóveis. Felizmente, a Lei nº 556 foi revogada pelo Tribunal de Justiça e abriu espaço para que mulheres ocupassem também esse espaço de trabalho.

A GT Building, líder no mercado imobiliário paranaense, conta com 67% do time de colaboradores composto por mulheres, várias delas ocupando cargos de liderança. Presentes em todos os setores da empresa, desde marketing até financeiro/administrativo, as colaboradoras da GT Building reforçam a democratização do acesso feminino ao mercado imobiliário.

Para Fernanda Viana, gerente de Marketing da GT Building, ter uma quantidade expressiva de mulheres na empresa é de grande valor, já que há pouco tempo elas ainda não podiam ocupar espaços de trabalho em diversos setores da sociedade. “É incrível como hoje estamos cada vez mais conseguindo conquistar e alcançar novos cargos dentro de uma corporação. A GT é um ótimo exemplo de empresa que promove a contratação de mulheres, inclusive em altos cargos, gerando oportunidade e mudando a cara do mercado imobiliário”, afirma.

Fabiula Carazzai, é arquiteta há 16 anos. Ela é Gerente de Projetos da Pride, uma das maiores construtoras e incorporadoras do Paraná. A profissional é responsável por todas as obras econômicas, em Londrina, em especial as que utilizam a tecnologia de construção de paredes de concreto, o que permite que um prédio de 28 unidades seja erguido em apenas 20 dias.

Ao lembrar de sua trajetória na carreira, Fabiula relata que já perdeu inclusive contratos por ser mulher. “Lembro uma vez que fui verificar o orçamento de uma obra e o responsável pela empresa chegou e perguntou se eu iria tocar a obra. Respondi que sim e ele disse que então não iria fechar a negociação, porque não iria submeter os construtores a receber ordens de uma mulher. Isso e tantos outros acontecimentos me impulsionaram ainda mais na minha carreira. Cada vez mais busquei formação, conhecimento, para sempre ter minhas respostas embasadas tecnicamente. Estar à frente de uma obra ainda é um grande desafio, mas as mulheres estão ocupando cada vez mais esses espaços”, comemorou.

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