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Startup TINDIN realiza rodada Seed e almeja o mercado internacional

Eduardo Schroeder – fundador e CEO da Tindin – de óculos Fábio Rogério – fundador e CTO da Tindin (Diretor de Tecnologia).

Do Piggy Bank (o cofrinho em forma de porquinho) à gamificação e daí para o Metaverso Educacional. Para Eduardo Schroeder, fundador e CEO da Tindin, Educação financeira infanto-juvenil e tecnologia na educação básica são assuntos de gente grande. Fundada em 2018, a Tindin é uma Edfintech (intersecção entre educação, finanças e tecnologia) que nasceu com o propósito de usar o poder da gamificação e da simulação para promover a inclusão na educação básica de qualidade e assim transformar o mundo. E já vem fazendo muito barulho. Em 2021, a startup experimentou um crescimento exponencial. O número de professores na plataforma saltou 8 vezes, o de alunos subiu um múltiplo de 20, a quantidade de escolas teve um crescimento de 24 vezes e os valores contratados cresceram surpreendentes 80 vezes, superando a marca dos R$ 2 MM. Já são mais de 40 mil alunos impactados diretamente e 70 mil usuários entre crianças, professores e responsáveis.

Este ano, para acelerar ainda mais o crescimento, a Tindin fechou uma rodada Seed com quatro grupos de investidores-anjo: Gávea Angels, Urca Angels, FEA Angels e Uni Angels. Juntas, elas já levantaram R$ 1,2 MM de reais, e pretende alcançar R$ 2 MM nos próximos meses. “Teremos a velocidade necessária para ganhar o mercado e poder atingir o nosso propósito maior que é o de ensinar toda criança para a vida, não só as crianças brasileiras, por que estamos nos preparando para competir no mercado internacional”, prevê Schroeder.

A partir da experiência de desenvolver para seu filho Rafael, na época com três anos e meio, uma mesada educativa, a Tindin nasceu da onomatopeia das moedas que caíam no cofrinho. Assim, o primeiro produto da startup foi um app, no modelo B2C, que permitia aos pais criarem uma espécie de carteira digital para os filhos, definindo mesadas fixas e variáveis, com bonificações a partir do cumprimento de desafios, metas e até prazos estipulados na plataforma. O objetivo era levar a educação financeira prática para toda criança, promovendo as competências necessárias para o desenvolvimento socioeconômico humano.

Este aplicativo permitiu que a startup compreendesse melhor os gatilhos de engajamento das crianças e suas famílias, preparando-a para o próximo salto:  explorar as possibilidades da simulação imersiva no processo de ensino e aprendizagem. Logo a Tindin ampliou seu mercado para o B2B, passando a auxiliar, não só pais, mas também professores no processo de desenvolvimento das capacidades infanto-juvenis de planejar, negociar, poupar, investir, gerando entre os alunos as primeiras noções de consumo consciente e empreendedorismo. “Há o mercado e, mais ainda, a necessidade. Fico feliz em participar da história de uma empresa que oferece um grande serviço social, atendendo a uma demanda clara da sociedade, ajudando crianças e suas famílias a terem melhor relação com o dinheiro”, destaca José Lordello, mestre em administração de empresas que há 32 anos atua com Educação e é líder da rodada pela Gávea Angels.

Por fim, a pandemia acelerou a adoção da metodologia híbrida baseada na gamificação, fazendo jus ao controle de videogame que forma o focinho do porquinho na logomarca da startup, revelando que além do desafio de ensinar finanças para crianças e adolescentes, o modelo poderia ajudar no ensino remoto de quaisquer disciplinas. Esta descoberta marcou o reposicionamento da startup como uma fornecedora de Ambientes Virtuais de Aprendizagem Gamificados, tornando a educação financeira um entre diversos temas transversais a serem trabalhados. “Acredito que a Tindin vai seguir os passos do Descomplica – unicórnio da mesma área que também recebeu aporte da Gávea Angels no início de sua história – absorvendo todo o potencial que tem junto à inteligência que o smart money pode lhe proporcionar”, comenta Lordello.

O mercado B2C potencial da Tindin é formado por jovens entre 5 e 17 anos que, segundo dados do IBGE, movimentam cerca de R$ 40 bilhões todos os anos. Já o mercado B2B, para o qual a Tindin direciona seu novo modelo de negócio, é formado por escolas de Ensino Fundamental e Médio, treinamentos corporativos e EAD, que, juntas, movimentam R$ 100 bilhões anuais. Com um time multidisciplinar formado por especialistas em gestão, finanças, educação e tecnologia, a startup hoje oferece um modelo transversal de ensino continuado para Educação Financeira Infantil Familiar e Escolar, chancelado pela BNCC – Base Nacional Comum Curricular – que, desde 2020, determina que as escolas incluam a Educação Financeira entre as disciplinas do Fundamental I e do Fundamental II.

Não por acaso, a startup vem chamando a atenção dos grandes. Caiu nas graças das duas maiores editoras do Brasil, únicas a figurarem entre as 50 maiores do mundo. Juntos, os acordos têm um potencial de gerar mais de R$ 200 milhões em negócios.  “Muito mais do que uma ideia de negócio, a Tindin tem um time excelente, liderado por um CEO diferenciado, que não mede esforços para transformar a educação no Brasil. Sem dúvida, isso trará um impacto significativo em alunos e suas famílias”, acredita Marcelo Cristiano, investidor anjo da Urca Angels.

Tamanha inovação e impacto já rendeu à Tindin premiações de destaque do mercado. Em 2019, seu pitch no Shark Tank Brasil ficou conhecido como o “pitch mais criativo” do programa; venceu o Pitch Day promovido pela Xpeed School XP Inc e, a rodada brasileira da 11ª Open Innovation Contest, competição internacional promovida pela NTT DATA. Em 2021, recebeu o prêmio “Empresa de Impacto” do Programa de Aceleração Meu Bolso em Dia, da FEBRABAN, venceu o Rocket 2021, reality de empreendedorismo e inovação da RPC (emissora afiliada à Globo no Paraná), além de ter conquistado o 2º lugar no Global EdTech Startups Awards, GESA 2021 – maior competição de comunidade Edtech, que, desde 2014, apoia a expansão global das Edtech com reconhecimento internacional como a maior plataforma para conexão de stakeholders da área. “Acreditamos que promover o protagonismo infantil é o caminho de transformação para o mundo que queremos”, finaliza Schroeder.

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