O comércio varejista brasileiro fechou 2021 com 2,4 milhões de estabelecimentos ativos. O balanço, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra um saldo de 204,4 mil lojas a mais do que no ano anterior.
Balanço divulgado em março do ano passado pela CNC mostrou que, em 2020, o varejo brasileiro havia contabilizado a perda de 75 mil lojas.
Em 2021, as microempresas responderam por 77,4% do saldo positivo do ano, com 158,23 mil novos estabelecimentos. As pequenas empresas, com 29,99 mil novas lojas, responderam por 14,7% do saldo positivo.
Entre as atividades, os super e minimercados ganharam 54 mil lojas; utilidades domésticas e eletroeletrônicos, 38,7 mil; e vestuário, calçados e acessórios, 28,3 mil.
Quatro estados responderam por mais da metade da abertura de lojas: São Paulo (55,6 mil), Minas Gerais (18,3 mil), Paraná (15,1 mil) e Rio de Janeiro (14,1 mil).
“A flexibilização das restrições impostas ao varejo em diversos estados e municípios, especialmente após o fim da segunda onda da pandemia, e o avanço da vacinação, contribuíram para a tendência de aumento da circulação de consumidores e, certamente, estimulou o movimento de reabertura de estabelecimentos comerciais”, explicou o presidente da CNC, José Roberto Tadros, por meio de nota à imprensa.
Segundo a CNC, o faturamento real do setor cresceu 4,5% de 2020 para 2021, o maior avanço anual desde 2018. De 2019 para 2020, o segmento registrou uma queda de 1,4%.
Por outro lado, redes de varejo estão entre os 10 setores mais atacados por cibercriminosos, aponta relatório da Apura Cyber Intelligence, que também mostra que esse segmento é um dos alvos preferidos, especialmente para sequestro de dados cadastrais.
Segundo relatório publicado pela Apura Cyber Intelligence, compilado a partir de um grande número de ocorrências processadas pelo sistema de defesa e monitoramento da empresa, o varejo esteve entre as 10 áreas mais atacadas no Brasil, ocupando a sexta colocação, com 6,5% dos ataques registrados, empatando, por exemplo, com setores como tecnologia e prestação de serviços.
Muitas vezes o agente de vulnerabilidade pode ser um funcionário interno que repassa ou vende as informações para grupos e criminosos ou mesmo que não segue todos os protocolos de segurança e realize acessos às redes da loja abrindo portas para ataques.
O relatório mostra que geralmente os agentes criminosos atuam em grupos organizados, que, em alguns países, como EUA, já são considerados grupos terroristas. Um exemplo é o REvil (de Ransomware e Evil), que foi descoberto em abril de 2019 e suspeita-se que seja originário da Rússia. Na maioria das vezes, o grupo se espalha por ataques de força bruta e explorações de vulnerabilidades no servidor, além de utilizar links maliciosos e phishing. O REvil é focado em empresas de diversos segmentos, como tecnologia e comércio.
Inclusive entrou em vigor no ano de 2021 a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que visa a ser um marco regulatório na proteção de dados na internet e exige que empresas sigam uma série de protocolos em prol da proteção e sigilo de dados de seus clientes.]