De um total de 33,4 bilhões de latas de alumínio comercializadas no mercado interno, 33 bilhões foram recicladas.
O índice de reciclagem de latas de alumínio para bebidas foi de 98,7% em 2021, o maior já registrado até hoje pelo país. O resultado consta em documento entregue ao Ministério do Meio Ambiente em 31 de março, contemplando o trabalho realizado pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) e pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas), consolidado no primeiro relatório anual de desempenho da Recicla Latas, entidade gestora do Termo de Compromisso para Aperfeiçoamento do Sistema de Logística Reversa das Latas de Alumínio para Bebidas.
De um total de 33,4 bilhões de latas de alumínio comercializadas no mercado interno, 33 bilhões foram recicladas. O expressivo resultado representa um crescimento de 1,4 ponto percentual em relação ao patamar de 2020, confirmando o Brasil entre os países campeões mundiais na coleta e reciclagem desse tipo de embalagem. Além disso, o índice supera os 95% estabelecidos no Termo de Compromisso de Latas firmado pela indústria junto ao Ministério do Meio Ambiente, em 2020.
“Há mais de dez anos o índice de reciclagem de latas de alumínio se encontra em patamares superiores a 96%. O Brasil é benchmark no setor para o mundo, graças aos esforços e investimentos da indústria do alumínio na modernização do setor e de ampliação dos centros de coleta e reciclagem”, destaca Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL. “A despeito das dificuldades impostas pela pandemia, a cadeia de reciclagem de latas de alumínio continuou operando com a eficiência costumeira, entregando um resultado que gera valor ambiental, econômico e social”.
O sucesso da reciclagem de latas é resultado de um ecossistema de logística reversa sólido e estruturado de ponta a ponta. Hoje, por exemplo, o Brasil possui 36 centros de coleta de sucata distribuídos por 18 estados.
“Além dos impactos positivos no âmbito socioambiental proporcionados em matéria de gestão de recursos e redução de emissões, a manutenção do alto índice de reciclagem deve-se, em grande parte, a uma cadeia estruturada e sólida, a partir da cooperação mútua entre empresas, sociedade e cooperativas de catadores”, diz Alfredo Veiga, coordenador do Comitê de Mercado de Reciclagem da ABAL. Victor Rabelo