O Projeto Controle Natural de Vetores desenvolvido pela Forrest Brasil Tecnologia, com trabalho de cientistas brasileiros e israelenses, é realizado no município em parceria com a empresa Klabin, desde novembro de 2020. Em um ano, a redução foi de 90% no número de larvas viáveis encontradas em campo. Neste ano epidemiológico não foram registrados casos de dengue no município, enquanto municípios vizinhos, como Tibagi, vivem uma epidemia.
O método é baseado na tecnologia TIE — utilização do Inseto Estéril –, em que os mosquitos são soltos de forma massiva. Os machos estéreis se acasalam com as fêmeas selvagens, que deixam de procriar, provocando uma imediata redução na infestação do mosquito e disseminação de doenças como a Dengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela. O estudo é reconhecido pela comunidade científica internacional, sendo publicado no Journal of Infectious Diseases, revista médica revisada por pares, editada pela Oxford University Press em nome da Sociedade de Doenças Infecciosas da América, principal referência na área. A Secretaria de Saúde do Paraná também reconhece e aprova a tecnologia, com disponibilidade de ser aplicada em várias regiões do estado.
Durante a temporada das chuvas, o perigo da multiplicação dos Aedes aegypti é enorme. Isso porque, após cerca de 15h da postura, os ovos dos mosquitos conseguem resistir a longos períodos de baixa umidade, podendo ficar até 450 dias no seco. “As ferramentas de controle vetorial que utilizam tecnologia e inovação são fundamentais, já que as ferramentas convencionais utilizadas não têm sido efetivas, e sem controle as doenças se disseminam cada vez mais” – explica a diretora técnica da Forrest, Lisiane Poncio.