Cirurgia para corrigir miopia e outros erros de refração é alternativa eficaz de tratamento para 36 milhões de usuários de óculos de grau no Brasil

Com alto índice de eficácia, cirurgia refrativa pode mudar ou até zerar o grau do paciente, fazendo com que ele diminua cada vez mais a dependência dos óculos

Crédito: Adobe Stock

Um levantamento da Fundação Abióptica mostrou que o Brasil tem 36 milhões de usuários de óculos de grau. Entre os erros de refração mais comuns que exigem o uso de lentes corretivas, estão a miopia (dificuldade de enxergar para longe), astigmatismo (dificuldade em enxergar para perto e longe) e hipermetropia (dificuldade de enxergar para perto). Um número cada vez maior de usuários de óculos vem apostando em uma alternativa de tratamento bastante eficaz para corrigir de vez o problema: a cirurgia refrativa. Trata-se de um procedimento que vem fazendo bastante sucesso por ser rápido, de fácil recuperação, e o principal: na grande maioria dos casos, o grau do paciente é zerado, fazendo com que ele não precise usar mais óculos de grau ou lentes de contato.

A pesquisa mais recente sobre o assunto, realizada em 2018 pela empresa Market Scope, mostrou que naquele ano foram feitas aproximadamente 158 mil cirurgias refrativas no Brasil. Isso significa 0,8 cirurgias deste tipo para cada grupo de mil pessoas. O oftalmologista do Hospital de Olhos do Paraná, Tiago Chichetti, explica que no procedimento é utilizado um laser específico com ação no globo ocular (córnea). As duas principais técnicas são PRK e LASIK. “Nós moldamos, polimos a córnea (parte transparente) na frente do olho de uma forma que o grau dos óculos muda, podendo inclusive ser zerado. É um procedimento extremamente seguro, realizado há mais de 20 anos, mas que nos últimos tempos vem ganhado cada vez mais popularidade”, comenta o médico.

Alguns critérios precisam ser respeitados para a realização do procedimento. São eles: o paciente deve ter 18 anos ou mais, possuir algum erro de refração (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia) e estar com o grau estabilizado há no mínimo um ano. “No pré-operatório realizamos exames para ver a espessura da córnea e ter certeza de que ela suporta o procedimento. O paciente também não pode ter outra doença ocular além do grau dos óculos para fazer essa cirurgia. Por exemplo: uma pessoa com Ceratocone não pode fazer a refrativa. Já no pós operatório nos primeiros dias a luz incomoda um pouco, mas de resto a recuperação costuma ser bem tranquila e rápida”, complementa Dr. Chichetti. O procedimento tem duração média de 10 minutos para ambos os olhos, podendo variar de acordo com a técnica escolhida. O paciente poderá retornar às atividades de 1 a 7 dias após a cirurgia.

 

Qualidade de vida

 

Com -4,75 de miopia com astigmatismo, a consultora tributária Michele dos Santos usou óculos de grau e lentes de contato durante 16 anos, dos 14 até os 30 anos de idade. Nesse período, ela conta o que mais a incomodava: “Os óculos me limitavam bastante, principalmente na prática de esportes, coisa que eu gosto muito de fazer. Por essa razão eu optava mais pela lente de contato, mas mesmo assim, era muito limitante”, relata.

Em maio de 2019, ela decidiu fazer a cirurgia refrativa. Os benefícios foram imediatos. Além de melhorar sua visão, dispensando o uso de óculos e lentes de contato de grau, Michele pôde praticar esportes com mais tranquilidade. “Minha vida melhorou consideravelmente. Hoje faço ciclismo, musculação, dança, trabalho, estudo e cuido de mim e da minha família, com uma visão 100%, sem restrição ou limitação. Eu sempre brinco que vivia pedindo ajuda para algumas coisas por causa de não enxergar direito, agora, ajudo os outros, pois enxergo melhor que eles. A cirurgia foi tranquila, bem rápida, indolor e extremamente emocionante, pois após a conclusão já conseguia ver perfeitamente”, conta Michele.

 

Sobre o Hospital de Olhos do Paraná

 

Fundado em 1975 pelo renomado oftalmologista Carlos Augusto Moreira, o Hospital de Olhos do Paraná é uma das instituições médicas mais tradicionais e de maior reconhecimento do estado. Ao longo dos anos, foi se expandindo tanto em estrutura quanto em corpo clínico. Hoje é considero o maior centro oftalmológico da América Latina. Recentemente, inaugurou um novo complexo no bairro Batel, em Curitiba, com um total de 12 mil m² de área construída, 12 salas cirúrgicas, 65 consultórios e mais de 75 médicos especializados em diversas áreas da oftalmologia. O local conta também com um pronto atendimento 24 horas, atendendo convênios e particulares. O HOPR conta ainda com uma unidade exclusiva de atendimento ao SUS, na Rua Visconde de Nácar, centro de Curitiba, com 2 mil m² e capacidade para realizar 20 mil atendimentos e 1.000 cirurgias/mês. Além destas, o hospital dispõe ainda de outras duas unidades de atendimento na capital, uma no bairro Fazendinha e outra no Capão Raso.

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