Dor durante o ato sexual tem tratamento sem medicação

Fisioterapia pélvica é tratamento indicado para diversos problemas da região pélvica, incluindo as dores durante o momento de prazer

Dor durante o ato sexual tem tratamento sem medicação
Drª Priscila Martins Calil, especialista em fisioterapia pélvica | Foto divulgação

Viver com dor não é nada legal, não é mesmo? Agora imagina quando essa dor acontece em um momento que deveria ser de total prazer. Essa é a realidade de uma a cada dez mulheres, segundo estudo de cinco universidades britânicas.

A dispareunia, um transtorno relacionado às dores durante o ato sexual, atinge homens e mulheres, sendo mais comuns no segundo grupo. O problema pode ter origem física ou psicológica e causar muito incomodo.

Entretanto, tem tratamento e sem uso de medicamentos, como explica a Drª Priscila Martins Calil. “O tratamento é realizado em consultório, pelo menos 1 vez por semana, com técnicas manuais da fisioterapia pélvica e com aparelhos e tecnologias específicos para a região, como jato de plasma, radiofrequência e laser”, comenta.

Priscila menciona ainda que o tratamento beneficia todo o corpo, como a coluna, por exemplo. “Normalmente quando existe dor sexual, a postura também está comprometida, mas tudo vai depender da causa desse problema, por isso a primeira consulta é de extrema importância para que possamos avaliar porque essa dor pélvica está acometendo nessa mulher”.

Além disso, a fisioterapia pélvica vai além do tratamento dos sintomas, aprimorando a atividade sexual e prevenindo problemas anais, urinários, sexuais e pélvicos. “Toda mulher merece ter uma fisioterapeuta pélvica especializada e atualizada para chamar de sua e anualmente se consultar”, enfatiza.

Entre os principais sintomas da dispareunia estão a dor na vulva, vagina, assoalho pélvico, ardência e desconforto, dor isolada ou em vários locais, dor constante em cada evento e atividade sexual ou situacional envolvendo algumas experiências solo ou com parceria.

Tabu a ser derrubado

Falar sobre sexo ainda é um tema que gera constrangimento e estranhamento em muitas pessoas através do preconceito, crenças, medos e culpas.

E a mulher com dor pélvica e no ato sexual, por causa desse tabu, acaba aceitando a dor como normal: “Existe tratamento extremamente eficiente e eficaz que trazem muito mais conforto para essa mulher”, finaliza Priscila.