Para 42% dos jovens, redes sociais podem influenciar eleições e 96% acreditam na relevância das fake news. Os dados são de uma pesquisa realizada pela rede Microcamp com 1518 jovens. Segundo o estudo, os jovens acreditam no poder das pesquisas de intenção de voto e dos debates na TV para angariar votos para candidatos. Mostra também os motivos do desinteresse dos jovens por política.
As redes sociais, a exemplo do que aconteceu em 2018, terão grande influência sobre a opinião das pessoas nas eleições deste ano, principalmente dos jovens. Da mesma forma, as notícias falsas (fakes news) podem mudar o rumo das intenções de votos. É o que mostra pesquisa realizada pela rede de escolas de informática Microcamp com 1518 alunos em 62 cidades onde a empresa mantém escolas.
Para 42,2% dos entrevistados, as redes sociais são um dos fatores que mais influenciam os eleitores na escolha de um candidato, enquanto as pesquisas de intenção de voto foram citadas por 20,1% deles e os debates na TV por 17,8%. Na sequência vem a família (8,5%), os influencers (6,9%), e amigos (4,5%).
As redes sociais também foram consideradas por 79,3% dos pesquisados como fonte de informação dos eleitores. Na hora detalhar as fontes que eles utilizam para se informar, o Google foi o mais citado (19%), seguido pelos sites de notícias (17,9%), Instagram (16,9%), WhatsApp (14,4%), TV (8,8%), Youtube (7,4%), Twitter (6,9), Facebook (4,3%), mídia impressa (3,5%), e por último o rádio (0,9%).
Para quase a totalidade dos entrevistados, o que também influencia o processo eleitoral, é a disseminação de notícias falsas (fake news). Somados os que acham que elas influenciam muito (83,4%) e os que assinalaram pouco (12,9%) são 96,3% que acreditam na relevância das fake news. Apenas 3,7% pensam que elas não influenciam.
Ainda sobre as pesquisas de intenção de voto, a maioria (51,6%) disse que não confia nelas, ainda assim, 53,2% acreditam que elas influenciam muito na escolha do candidato, enquanto 40,4% pensam que a influência é pouca.
Em relação aos debates dos candidatos na TV, para 64,4% dos entrevistados, eles são muito importantes, pouco importantes para 20,9% e insignificantes para 14,7%.
- 79% acham que as redes sociais são fonte de informação dos eleitores
- 54,1% são favoráveis ao voto obrigatório
- 51,6% não confiam nas pesquisas e 53% acreditam que elas influenciam na escolha do candidato
- 81,2% preferem o voto eletrônico
- 64,4% acham os debates na TV importantes
- 72,3% acham que a política influencia totalmente a vida das pessoas
A maioria dos entrevistados (63,3%) tem entre 16 e 20 anos, 24% acima de 25 anos, e 12,6% entre 21 e 25 anos de idade. O nível de escolaridade da maioria (68,3%) é o Ensino Médio, já 14,6% têm o ensino superior, 10,1% o Ensino Fundamental II, 5,1% o Técnico e 1,9% Ensino Fundamental I.
No período da pesquisa – entre os dias 02 e 09 de maio – a maioria (67,1%) tinha título de eleitor, 17,7% não tinham e não pretendiam tirar, apesar de já estarem aptos para isso, e 15,2% pretendiam tirar.
Perguntados se vão votar este ano, 67,1% disseram que sim, 20,5% não e 12,5% não decidiram ainda. Quanto ao voto ser obrigatório no Brasil, a maioria (54,1%) é favorável, enquanto 45,9% são contra.
Em relação ao sistema de votação, a maioria (81,2%) quer que o voto eletrônico seja mantido, contra 18,8% que preferem o retorno do voto em papel. Sobre as urnas eletrônicas, 62,8% confiam nela e 37,2% não.
À pergunta “Você acha que a política influencia a vida das pessoas”, 72,3% responderam totalmente, 24,8% um pouco, e apenas 3% acham que não influencia. Quanto à importância da participação dos jovens nas eleições, 75,9% acham muito importante, 14,1% pouco, 3,3% nada importante e 6,7% são indiferentes.
Apesar de a maioria admitir a importância da política na vida das pessoas, e da participação dos jovens nas eleições, 55,5% disseram se interessar muito pouco pelo tema, 23,1% não têm nenhum interesse e apenas 21,5% têm interesse.
Para os entrevistados, os principais motivos da falta de interesse dos jovens por política são: falta de informação (39,9%), falta de confiança nos políticos (32,1%), corrupção (22,3%), e 5,7% não souberam responder.
Os entrevistados manifestaram falta de interesse também de um dia se candidatar a um cargo político: 76% não têm nenhum interesse, 11,4 % têm pouco interesse, 3,6% têm muito interesse, e 9% não sabe.
Os entrevistados manifestaram falta de interesse também de um dia se candidatar a um cargo político: 76% não têm nenhum interesse, 11,4 % têm pouco interesse, 3,6% têm muito interesse, e 9% não sabem.
Questionados sobre participação em algum grupo de discussão sobre eleições ou política em alguma rede social, 70% dos pesquisados disseram que nunca participaram nem querem participar, 18,6% participam ou participaram, e 11,3% não participam, mas gostariam de participar.
A maioria dos respondentes (59,8) acredita que o mais importante na escolha de um candidato são suas ideias e projetos. Já para 35,8% é o histórico de vida pública do candidato. O partido do candidato e a religião foram os itens menos assinalados. Respectivamente 3,2% e 1,1%.
Nessa linha de raciocínio, 49,9% disseram que talvez votariam em um candidato desconhecido, mas com boas propostas, enquanto 30,2% votariam com certeza, e 19,9% não votariam.
A pesquisa também quis saber sobre a posição política dos jovens entrevistados. A maioria (34,7%) disse não ter ideologia política e que vota no candidato, 16,3% são mais de direita, 15,7% mais de esquerda, 9,6% mais de centro, e 23,7% não souberam responder.
Os jovens também apontaram qual o principal problema do Brasil hoje. Os mais citados demonstram a preocupação com a corrupção e o custo de vida: corrupção (20%), desigualdade social (17,7%), desemprego (13,6%), inflação (13,6%), política (11,9%), educação (11,5%), fome/miséria (7,7%), saúde (2,3%), meio ambiente (1,7%).
Melhorar a economia e consequentemente o custo de vida, apareceu como a ação que eles consideram a mais importante num programa de governo de um candidato. A opção foi assinalada por 38,8% dos entrevistados, seguida por melhoria na educação (21,7%) e combate à corrupção (21,5%).
Sobre a avaliação do governo federal hoje, 33% responderam péssimo, 30,8% regular, 21,8% ruim, 10,3% bom e 4,1% ótimo.
Por que pesquisar?
As pesquisas com os alunos são atividades recorrentes na Microcamp, Por meio delas, é possível conhecer o perfil dos alunos, suas necessidades, anseios, preferências, crenças e limitações. A partir daí, a empresa tem proposto ações (dinâmicas, palestras, workshops) que visam trabalhar a diversidade, a inclusão, o respeito, a cidadania, a empatia.
Isso é possível, conforme explica o CEO Davi Tuffi, “porque na Microcamp, além dos conhecimentos técnicos de cada curso, desenvolvemos competências e habilidades nos alunos de forma que eles sejam proativos, críticos, criativos e responsáveis, para conquistarem objetivos pessoais e profissionais”. Vilma Barros Mattos
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