As arquitetas Eduarda Negretti e Nathalia Lena, do Lene Arquitetos, reuniram dicas e inspirações sobre o tema
Belos, versáteis e com um papel importante na proteção das paredes, os revestimentos são como a roupa da casa e podem receber diversas paginações, criando composições únicas. Uma opção que está em alta, seja por seu visual, seja pela economia que gera, é a meia parede. “Como o nome já indica, quando falamos de revestimento meia parede, falamos de revestir parte da parede com cerâmica, deixando a outra metade apenas com pintura”, explicam as arquitetas Eduarda Negretti e Nathalia Lena, a frente do Lene Arquitetos.
Segundo as profissionais, esse tipo de solução tem se tornado cada vez mais procurada, especialmente em banheiros e cozinhas. “Ainda assim, é possível usar o revestimento de meia parede em todo tipo de ambiente, como quartos e salas”, afirmam. Capaz de criar um visual impactante e cheio de personalidade, esse tipo de composição ainda é bastante econômica, uma vez que reduz pela metade a metragem necessária de revestimento, que deve subir cerca de 1,30 m a partir do piso. “Para que fique harmônico, é necessário ainda combinar as cores e texturas do revestimento com a pintura”, explicam. Outra vantagem é a sensação de amplitude, já que esse tipo de paginação cria uma linha horizontal aonde for aplicada.
Meia parede em banheiros
Dentre as muitas formas de usar essa composição, nos banheiros é uma boa forma de fazer a separação entre área seca e molhada. “Como os revestimentos oferecem uma proteção a mais do que a pintura, devem recobrir parte da parede atrás da pia”, indicam as profissionais do Lene Arquitetos. Quando ele se estende para a área de banho, o ideal é trabalhar com a altura do vidro do box. “O revestimento pode ser o mesmo usado em um piso, por exemplo, ou ser um modelo totalmente diferente, apostando em uma cor de destaque”, dizem.
Meia parede em cozinhas
Nas cozinhas, a mesma lógica é válida. “Revestimos sempre o backsplash, que é aquela área próxima da pia e fogão, que pode receber respingos de água e gordura”, destacam Eduarda Negretti e Nathalia Lena.
Criando cabeceiras
No quarto, as arquitetas indicam a meia parede para demarcar visualmente o que seria uma cabeceira. “Para isso, o revestimento deve subir 70 cm além do colchão”, indicam.
Dicas de composição
Apesar da aplicação mais comum e utilizada ser com os revestimentos alinhados horizontalmente, Eduarda Negretti e Nathalia Lena afirmam que é possível brincar com a composição. “Usar a paginação tipo tijolinho ou até chevron, subindo apenas até metade da parede, é uma forma de trazer um desenho diferenciado, destacando ainda mais a superfície”, finalizam.